domingo, 26 de junho de 2011

O desafio do leitor em movimento

Uma nota na edição de sexta-feira (24/6) da Folha de S.Paulo informa que o brasileiro é o leitor que mais utiliza tablets e smartphones para acessar conteúdo jornalístico. A notícia tem origem em estudo realizado pela empresa americana de consultoria ComScore, criada em 1999 e considerada a instituição de pesquisa com maior penetração e capilaridade no ambiente de negócios digitais.

A metodologia da empresa utiliza a experiência de monitoramento de compras online, que permite consultar centenas de milhares ou até milhões de pessoas, ao contrário das técnicas baseadas em amostragens selecionadas. Sua reputação entre profissionais de publicidade e marketing equivale, no Brasil, ao status obtido pelo Ibope na mensuração da audiência de televisão.

Por essas razões, o trabalho da ComScore merece ser analisado com atenção pelos gestores das empresas jornalísticas.

Modos de ler

O levantamento considerou 13 mercados em todo o mundo. Segundo o resumo apresentado pela Folha, no Brasil o tráfego de sites de conteúdo jornalístico a partir de aparelhos móveis diferentes de computadores portáteis é mais do que duas vezes maior que a média mundial de acessos a sites por esses novos gadgets. Dos mercados pesquisados, apenas a Índia apresenta índices inferiores de acesso a conteúdo noticioso do que a média.

No cômputo geral, o acesso à internet ainda é feito basicamente a partir de computadores pessoais, mas a preferência pela busca de notícias a partir de telefones celulares e tablets mostra uma tendência que pode afetar a forma de produzir jornalismo.

O aparelho preferido pelos brasileiros entre os meios de acesso diferentes de computadores pessoais é o tablet iPad, seguido pelo iPhone, também da Apple.

Embora o número de aparelhos desse tipo no Brasil ainda não possa ser comparado aos de mercados como Japão e Estados Unidos, para os pesquisadores é importante observar como os usuários se apropriam das novas tecnologias.

Com uma base ainda dominada por computadores de mesa, o mercado brasileiro de internet tende a se expandir com os planos de universalização do acesso e os gestores precisam conhecer a evolução dos hábitos do público para preparar suas estratégias.

Essencialmente, o que a pesquisa da ComScore está dizendo é que, com um aparelho portátil nas mãos, feito originalmente para ser usado como telefone e com acesso à internet, é forte a tendência de uso desse equipamento para a obtenção de notícias e informações. Isso afeta profundamente o conceito de leitura e, com isso, até mesmo o modo de produzir, organizar e entregar o conteúdo jornalístico.

A essência do jornalismo

Uma das características que se pode constatar no uso de aparelhos como smartphones e tablets é o acesso a informações utilitárias, como localização de endereços, confirmação de horários de eventos e obtenção de dados sobre condições de trânsito, assim como o acesso a previsões meteorológicas, muito popular nos Estados Unidos.

No entanto, também se pode observar empiricamente, através das redes sociais, que o compartilhamento de informações é uma prática consolidada entre os usuários. Praticamente todas as empresas jornalísticas já instalaram em suas páginas online os pontos de ligação de reportagens, imagens e artigos com as redes tipo Facebook ou Twitter.

Desse conjunto de dados se pode concluir que o público se torna cada vez mais móvel e, contraditoriamente, ainda mais ligado nos acontecimentos. A imagem do homem sentado num café com um jornal de papel nas mãos era o mais alto grau de mobilidade da notícia que a imprensa conseguia imaginar até pouco tempo atrás. Agora, quase tudo cabe num aparelho que pode ser levado no bolso da camisa.

A questão que se coloca é: qual será o tamanho do jornalismo que se vai oferecer a esse cidadão? O dilema de oferecer textos longos nos tablets já foi superado com o sucesso dos livros digitais. A pesquisa da ComScore mostra que, quando a informação é interessante, o tamanho da tela deixa de ser um obstáculo à leitura. Portanto, voltamos à origem: o grande desafio da imprensa segue sendo o de produzir conteúdos que valham o tempo do público.

As mudanças na tecnologia exigem adaptações no formato e talvez venham a alterar até mesmo as técnicas de redação e composição de dados numa reportagem, como a apresentação de parte das informações em formato gráfico. O que não muda é a essência do jornalismo e sua capacidade de representar da maneira mais realista e instigante os fatos do mundo.

sexta-feira, 24 de junho de 2011

O que você deve saber antes de ir ao motel

 

O que você deve saber antes de ir ao motel Com a sociedade avançando sexualmente, os motéis das grandes cidades mal estão dando conta da demanda. Para quem busca uma vida sexual ativa e não mora sozinho (ou não tem tal liberdade em casa), os motéis são sempre a opção mais viável (e confortável). Se você nunca foi a um motel e tem receio de pagar mico, não se preocupe. Listei alguns pontos importantes que você deve saber antes de aventurar-se nessas ilhas de prazer:• Leve seus preservativosNem sempre os preservativos à venda no motel são daquela marca que você gosta. Não custa passar na farmácia e comprar um bom, evitando assim possíveis acidentes.• Nem tudo é brindeAntes de abrir aquele potinho liiiindo e despejar todos sais de banho na banheira, ou usar aqueles todos os géis comestíveis diponíveis no criado-mudo, verifique o preço dos produtos no catálogo. Vocês podem ter um surpresa na hora de pagar a conta.• No motel pode tudo?Não é porque você está no motel que pode chutar o pau da barraca. Cuidado com coisas que você nunca fez! Já vou logo avisando: leite condensado não dá certo com pêlos. Por mais que você tome banho, aquela 'nhaca' de leite permanece. Conselho de amiga…• Não vá para o motel com fomeQuando não se tem muita intimidade com o parceiro, a alimentação pré-maratona de sexo deve ser especial. Nada com muita gordura, nem com muito gás… Se houver jantar antes, vá de suco, saladinha ou no máximo uma massa leve. O importante é não ir morrendo de fome, já que comida de motel nem sempre é boa. Não se esqueça que tudo que você fizer no banheiro poderá ser ouvido no quarto.• Se for pedir comida no motel, escolha algo leveMotéis são especialistas em “comidas”, não em alimentos. Então não ouse demais na hora de escolher o petisco. Mesmo que haja itens interessantes no cardápio, como “Camarão na Moranga”, “Risoto ao Fungui” ou “Filé à Cubana”, não caia na tentação de pedir. Dor de barriga no motel ninguém merece, não é mesmo?• Não confie nos cobertoresSe o cobertor não estiver dentro de um saquinho lacrado, não use. Tem muito motel por aí que não lava cobertor toda vez que ele é usado. Ecati. Os lençóis, por sua vez, costumam ser bem limpos. Eu tinha uma amiga que costumava levar lençol para o motel… Péssimo isso! “1 minutinho amor, deixa eu estender aqui”… #fail!• Piscina poluídaAs piscinas de motel costumam ter muuuuuuuuuuuuuuuuuuuito cloro. Não vá me dizer que você achava que eles trocavam toda aquela água a cada casal que deixava o local? Aquele cloro todo mata os bichos, mas se você for loira, prepare-se para sair de cabelo verde.• Não se esqueça de secar os cabelos Se você vai pra sua casa depois, não corra o risco de ter seu pai perguntando por que seu cabelo está molhado… Tem dias que não cola falar que choveu! :pVocê já pagou algum mico no motel? Compartilhe com as leitoras desse humilde blog! Imagem: ThinkStockPhoto

Com a sociedade avançando sexualmente, os motéis das grandes cidades mal estão dando conta da demanda. Para quem busca uma vida sexual ativa e não mora sozinho (ou não tem tal liberdade em casa), os motéis são sempre a opção mais viável (e confortável).

Se você nunca foi a um motel e tem receio de pagar mico, não se preocupe. Listei alguns pontos importantes que você deve saber antes de aventurar-se nessas ilhas de prazer:

• Leve seus preservativos
Nem sempre os preservativos à venda no motel são daquela marca que você gosta. Não custa passar na farmácia e comprar um bom, evitando assim possíveis acidentes.

• Nem tudo é brinde
Antes de abrir aquele potinho liiiindo e despejar todos sais de banho na banheira, ou usar aqueles todos os géis comestíveis diponíveis no criado-mudo, verifique o preço dos produtos no catálogo. Vocês podem ter um surpresa na hora de pagar a conta.

• No motel pode tudo?
Não é porque você está no motel que pode chutar o pau da barraca. Cuidado com coisas que você nunca fez! Já vou logo avisando: leite condensado não dá certo com pêlos. Por mais que você tome banho, aquela 'nhaca' de leite permanece. Conselho de amiga…

• Não vá para o motel com fome
Quando não se tem muita intimidade com o parceiro, a alimentação pré-maratona de sexo deve ser especial. Nada com muita gordura, nem com muito gás… Se houver jantar antes, vá de suco, saladinha ou no máximo uma massa leve. O importante é não ir morrendo de fome, já que comida de motel nem sempre é boa. Não se esqueça que tudo que você fizer no banheiro poderá ser ouvido no quarto.

• Se for pedir comida no motel, escolha algo leve
Motéis são especialistas em “comidas”, não em alimentos. Então não ouse demais na hora de escolher o petisco. Mesmo que haja itens interessantes no cardápio, como “Camarão na Moranga”, “Risoto ao Fungui” ou “Filé à Cubana”, não caia na tentação de pedir. Dor de barriga no motel ninguém merece, não é mesmo?

• Não confie nos cobertores
Se o cobertor não estiver dentro de um saquinho lacrado, não use. Tem muito motel por aí que não lava cobertor toda vez que ele é usado. Ecati. Os lençóis, por sua vez, costumam ser bem limpos. Eu tinha uma amiga que costumava levar lençol para o motel… Péssimo isso! “1 minutinho amor, deixa eu estender aqui”… #fail!

• Piscina poluída
As piscinas de motel costumam ter muuuuuuuuuuuuuuuuuuuito cloro. Não vá me dizer que você achava que eles trocavam toda aquela água a cada casal que deixava o local? Aquele cloro todo mata os bichos, mas se você for loira, prepare-se para sair de cabelo verde.

• Não se esqueça de secar os cabelos
Se você vai pra sua casa depois, não corra o risco de ter seu pai perguntando por que seu cabelo está molhado… Tem dias que não cola falar que choveu! :p

Você já pagou algum mico no motel? Compartilhe com as leitoras desse humilde blog!

Fonte: Blog da Thais http://meme.yahoo.com/thaispontes

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Será que agora vai?

Comissão debate políticas para o desenvolvimento do Norte de Minas

A Comissão de Assuntos Municipais e Regionalização da Assembleia Legislativa de Minas Gerais vai debater o desenvolvimento regional do Norte do Estado, com vistas ao fortalecimento das políticas públicas e das ações de cooperação para melhoria das condições socioeconômicas das comunidades que vivem na região. O tema será discutido na próxima quinta-feira (30/6/11), às 9h15, no Plenarinho I, e atende a requerimento dos deputados Almir Paraca (PT), Pompílio Canavez (PT), João Leite (PSDB), Liza Prado (PSB) e Sebastião Costa (PPS).

De acordo com a justificativa apresentada pelos parlamentares, a motivação para o debate partiu da Associação dos Funcionários do Banco do Nordeste do Brasil (BNB), que sugeriu que a abordagem do tema tomasse como base duas publicações editadas pela própria instituição: o livro Por um Nordeste Melhor - propostas de estratégias de desenvolvimento regional, resultante de debates realizados no Nordeste e Rio de Janeiro, e a Carta compromisso com o desenvolvimento regional, que contém propostas estratégicas para as regiões atendidas pelo BNB.

Os deputados justificaram a necessidade da audiência, que seria uma oportunidade de expor e debater esses trabalhos, bem como as estratégias e iniciativas neles inscritas.

Foram convidados para a audiência o secretário de Estado de Desenvolvimento dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri e do Norte de Minas, Gil Pereira; o secretário de Estado de Desenvolvimento Regional e Política Urbana, Olavo Bilac Pinto Neto; o ministro de Estado da Integração Nacional, Fernando Bezerra de Souza Coelho; o presidente da Associação Mineira de Municípios (AMM) e Prefeito Municipal de São Gonçalo do Pará, Ângelo José Roncalli; o presidente do Banco do Nordeste do Brasil, Roberto Smith; e a presidente da Associação dos Funcionários do Banco do Nordeste do Brasil, Rita Josina Feitosa da Silva.

Por do sol por um outro anglo em Montes Claros

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terça-feira, 21 de junho de 2011

As cinco perguntas mais temidas pelo homem feitas pela mulher:


1. Em que você está pensando?
2. Você me ama?
3. Você acha que estou gorda?
4. Você acha que ela é mais bonita do que eu?
5. O que você faria se eu morresse?


O que torna estas perguntas tão difícies é que com
certeza vai-se começar uma discussão se o homem
responder incorretamente (isto é, se disser a verdade).
Então, para ajudar, cada questão é analisada abaixo,
juntamente com possíveis respostas.


Questão 1: Em que você está pensando?
A resposta apropriada é, claro: "Desculpe-me se tenho
andado pensativo, querida. Eu estava só refletindo
sobre quão terna, maravilhosa, carinhosa, inteligente
você é, e como tenho sorte em tê-la encontrado."
Esta resposta obviamente não tem a mínima semelhança
com a resposta verdadeira, que, na maioria das vezes,
é uma das seguintes:
a. Motocicletas
b. Futebol
c. Em como você está gorda.
d. Em como ela é mais bonita do que você.
e. Como eu gastaria o dinheiro do seguro, se você
morresse.
Talvez a melhor resposta a esta pergunta seja a
sugerida por Al Bundy (Married with children), que uma
vez falou para Peg: "Se eu quisesse que você soubesse
o que estava pensando, eu estaria falando com você!"

Questão 2: Você me ama?
A resposta apropriada é: "SIM!" ou, se você sentir que
uma resposta mais detalhada vale a pena, "Sim,
querida."
Respostas inapropriadas incluem:
a. A sim, prá caramba
b. Se eu dissesse que sim, você se sentiria melhor?
c. Depende do que você entende por amor.
d. Isto importa?
e. Quem, eu?


Questão 3: Eu estou gorda?
A resposta correta é um enfático: "Claro que não!"
Entre as incorretas, estão:
a. Comparada com o quê?
b. Não diria gorda, mas você não está exatamente magra.
c. Uns quilinhos extras ficam bem em você.
d. Já vi mais gordas.
e. Você repetiria a pergunta? Eu estava pensando sobre
como gastaria o dinheiro do seguro se você morresse.

Questão 4: Você acha que ela é mais bonita do que eu?
Mais uma vez, a resposta apropriada é um enfático:
"Claro que não!"
Respostas incorretas incluem:
a. Sim, mas você tem mais personalidade.
b. Não mais bonita, mas, definitivamente, mais magra.
c. Não tão bonita quanto você na idade dela.
d. Defina bonita.
e. Você repetiria a pergunta? Eu estava pensando sobre
como gastaria o dinheiro do seguro se você morresse.

Questão 5: O que você faria se eu morresse?
Uma pergunta definitivamente sem saída. (A resposta
verdadeira, claro, é "Compraria um Audi TT e um
barco com o dinheiro do seguro".) Não importa qual
seja a resposta, esteja preparado para, pelo menos,
uma hora de perguntas e mais perguntas, mais ou menos
nesta ordem:
MULHER: Você se casaria novamente?
HOMEM: Definitivamente, não!
MULHER: Por quê? Você não gosta de estar casado?
HOMEM: Claro que sim.
MULHER: Então, você não se casaria?
HOMEM: Ok, eu me casaria novamente.
MULHER: Casaria? (Com um olhar magoado.)
HOMEM: (Resmungo audível.)
MULHER: Você dormiria com ela na nossa cama?
HOMEM: Onde mais?
MULHER: Você guardaria minhas fotos e substituiria
pelas fotos dela?
HOMEM: Isto seria o óbvio.
MULHER: E você a deixaria usar meus tacos de golfe?
HOMEM: Ela não pode; é canhota.
MULHER: - - - silêncio - - -
HOMEM: Putz!

segunda-feira, 20 de junho de 2011

idas e vinda

 

O Mengão está sem perder no campeonato brasileiro, porem também não vence.

Depois de quase uma decada o Brasil retoma o posto de melhor pais no Voley de praia

Em Montes Claros estou a procura da turma do #ForaTadeu

PCdoB de MOntes Claros sedia encontro Macroregional do Norte de Minas com a presença de 10 cidades da região

Montes Claros foi a capital dos deputados do interior do estado no último final de semana com a presença de em torno de 10 deputados

O Brasil deveria ser o país do Voley

O Futebol brasileiro deveria fazer estagio com o voley

porrinha para ver quem sai a candidato a prefeito do DEM em Montes Claros. Rui x Jairo

Esplanada vira Clube da Luluzinha

Pesquisa mostra quais os sonhos dos jovens brasileiros

 

Jovem pensando

Jovem pensando

O maior desejo de 55% dos jovens brasileiros quando se fala de trabalho é ter a “profissão dos sonhos”. Nove em cada dez gostariam de ter uma profissão que ajudasse a sociedade. É o que aponta o estudo o ‘O Sonho Brasileiro’, feito com cerca de 3 mil jovens de 18 a 24 anos de todo o País, e procura dá um panorama das expectativas destes jovens para o futuro.

Segundo a pesquisa, a possibilidade de construir uma carreira é o aspecto mais importante, seguido de ter carteira assinada. Os dois itens são mais importantes do que salário e encontrar uma profissão com perfil de futuro. Entre as pessoas ouvidas, 47% pertencem à classe C, seguida de 33% da B e 17% das classes D e E.

O estudo, realizado nos últimos 18 meses em 23 estados brasileiros procurou investigar as relações que esta parcela da população tem com questões como trabalho, política, economia, religião e família. Além disso, números como 89% têm orgulho em serem brasileiros e 75% acreditarem que o País está mudando para melhor, dão tom otimista ao trabalho.
Já na área da Educação, os participantes dizem que quando se fala em ensino superior, o diploma ainda é muito atraente e importante. “Dentro dos 79% que não estão no ensino superior, 77% têm intenção de cursar, há um desejo muito forte. Há uma valorização da sociedade, é algo necessário para inclusão”, enfatiza o sociólogo Gabriel Milanez, um dos autores do estudo.

O jovem acredita que a mudança deve partir dele e a transformação social só é possível a partir da ação de pessoas. Mas para isso acontecer é necessário estimular a educação e formação para que possam exercer esse papel.

“Hoje, posso dizer que estou muito feliz em poder transmitir conhecimento. Eu tento tirar a ideia consumista dos meus alunos. Trabalho propaganda, consumo, relações sociais. O pouco que eu puder ampliar na cabeça deles, mostrar que o mundo não é shopping, eu fico feliz”, conta a carioca Sara Zarucki, de 23 anos, formada em Ciências Sociais.

No entanto, os dados colhidos revelam que acessam conhecimento de maneira informal, especialmente através da internet. O estudo aponta que 82% esperam que escolas e universidades valorizem mais as experiências que trazem de suas vidas. “Este jovem começa a procurar conhecimento fora da escola. Há também uma abertura a outras fontes de conhecimento. Mas uma coisa não exclui a outra”, afirma Milanez.

Para 81% desses jovens brasileiros tradições populares são tão importantes quanto escolas para repassar conhecimento. O estudo aponta uma grande valorização das tradições e dos saberes informais. Esta geração já não vê muito sentido em acumular sozinho o conhecimento, ele deve circular, pois se ficar estagnado ou acumulado perde seu valor.

Fonte: Felipe Mortara – Estadão.edu

Renato Rabelo: uma nova mídia para este mundo em transição

 

Apresentando-se “não como presidente do PCdoB, mas como blogueiro”, Renato Rabelo participou, neste sábado (18), da oficina mais concorrida do 2º Encontro Nacional de Blogueiros Progressistas, em Brasília. Ao lado do ex-ministro José Dirceu e do deputado federal Brizola Neto (PDT-RJ), o dirigente comunista debateu “Os partidos e a luta pela democratização da comunicação”.

Renato

"Reforma da mídia é uma mudança estratégica”, afirma Renato

Segundo Renato, após o regime militar (1964-1985), o Brasil viveu duas décadas de “crise de projetos”. Favorecido agora pelo ciclo democrático-progressista aberto pelo governo Lula (2003-2010) e renovado pela ascensão de Dilma Rousseff à presidência, o país precisa efetivar reformas estruturais básicas, de caráter democratizante, nos marcos de um novo projeto nacional de desenvolvimento.


“É sob essa perspectiva que devemos entender a luta pela democratização dos meios de comunicação. A reforma da mídia não é uma luta conjuntural, uma luta qualquer – mas, sim, uma mudança estratégica”, apontou Renato. “Vejo o fortalecimento da mídia alternativa como os passos iniciais desse processo. Estamos apenas começando essa luta, que vai durar até a concretização da verdadeira ruptura.”


Ao comentar as propostas do Ministério das Comunicações do governo Dilma – como o Plano Nacional de Banda Larga e o debate sobre um novo marco regulatório da mídia –, Renato relativizou o poder do Executivo. “Esses avanços não dependem de um ministro, por melhor que ele seja. O povo é que é a força motriz da mudança. Precisamos mobilizar mais pessoas em torno dessa consciência crescente, aglutinar o máximo de aliados, para transformar nossa luta em força concreta.”


O dirigente afirmou que a democratização do setor se tornou “um trabalho prioritário” para o PCdoB. “Somos o único partido do Brasil que, além de uma Secretaria de Comunicação, tem também uma Secretaria de Questões da Mídia, para dar consequência às batalhas. À frente dessa pasta está o Altamiro Borges, o Miro, que vocês todos conhecem e que é um ardoroso lutador.”


Renato acrescentou que a luta por uma nova mídia não se limita ao Brasil. “Os setores conservadores que querem manter o status quo no mundo têm um grande poder na comunicação – que, para eles, é uma pilastra estratégica. Afora a força coercitiva, as armas, o capitalismo utiliza sobretudo a mídia para exercer seu poder, seu predomínio político e ideológico pelo mundo.”


Transformar os meios de comunicação, nesse sentido, é impulsionar a nova ordem geopolítica. “O mundo está em transição, com uma profunda crise em seu centro e o ascenso rápido de novos atores vindos da periferia do sistema, como os Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul). Mas é impossível consolidar esse processo se a mídia monopolista não for derrotada.”

De Brasília,
André Cintra

domingo, 19 de junho de 2011

EXCLUSIVO: Marxismo, crise e capital fictício - Dois capítulos do novo livro de Belluzzo

 

Trinta e seis anos depois de sua tese de doutorado, à luz de um colapso desencadeado pela reprodução do capital fictício, deixado à própria sorte pelo desmonte do aparato regulatório do pós-guerra, o economista Luiz Gonzaga Belluzzo, agora aos 68, volta à tese da juventude para uma releitura que encadeia a produção de um novo livro ainda inconcluso. Dele, Carta Maior publica dois capítulos inéditos: a introdução –[i]“Capital e Capitalismo”[/i], uma dissecação marxista da vida sob um sistema que tritura cada molécula de sanidade ao prometer mais do que seu DNA está apto a entregar; e o capítulo V, [i]‘Sistema de Crédito, Capital Fictício e Crise’[/i].

Saul Leblon

Em 1975, aos 33 anos, o economista Luiz Gonzaga Belluzzo defendia sua tese de doutorado cujo título antecipava um interesse e uma filiação: "Estudo sobre a Crítica da Economia Política”. Publicada cinco anos depois pela Brasiliense –‘Valor e Capitalismo, um Ensaio sobre a Economia política’ - tornou-se uma referência para a compreensão do sistema capitalista de produção.


Em 117 páginas que ofuscam a juventude do autor, o texto cerca os antecessores de Marx para esmiuçar aproximações e hesitações dos clássicos na conceituação da sociedade desenvolvida para/pela produção de mercadorias. Sobre Marx, ele logo avisa: "enquanto a indagação clássica parte do conceito abstrato de valor, Marx simplesmente se pergunta em que condições os produtos do trabalho humano assumem a forma-valor (...) O objeto de sua investigação não é, pois, o 'valor' como o imaginam os espíritos chegados à metafísica, senão a mercadoria, forma elementar que assumem os produtos do trabalho humano nas sociedades mercantis".


Fiel ao método que reconhece o humano no desumano (e vice versa), embaralhado nos dentes da engrenagem capitalista, Belluzzo pilota o materialismo histórico com a mesma destreza com que se afasta da servidão maniqueísta das aparências. Se o que parece ser não é numa sociedade pasteurizada pelo liquidificador da mercadoria, a efetiva compreensão das relações de produção que a distinguem não poderia jamais preceder a sua completa materialidade sócio-econômica.
Falecido em 1790, o escocês Adam Smith a quem caberiam os royalties pela expressão mercados auto-reguláveis --‘mão invisível’, na formulação original-- não conseguiria de qualquer modo concluir a decifração avant la lettre de um capitalismo industrial ainda em fraldas no seu tempo. Tal façanha distinguiria um velho barbudo nascido 28 anos depois, na Alemanha, quando a fumaça e a fuligem consolidavam a supremacia das novas formas de viver e de produzir sob o reino da mercadoria.
Além da argúcia analítica, o escrito de 1975 revela o fino narrador que transita com elegância e clareza pelo difícil objeto da economia política. Reconhecido como uma espécie de Ademir da Guia da análise crítica dos dias que correm, cultivada em prolífica e prestigiada presença em livros, artigos e intervenções políticas, o palmeirense Belluzzo dribla os ardis da chamada ‘Ciência Triste’ interligando-os à matriz das inquietações e incertezas que determinam o jogo bruto do sistema deixado à própria sorte. Ao fustigar a possibilidade de um equilíbrio imanente a esse vale-tudo, crendice cara aos neoclássicos que mergulharam o planeta na mazorca atual, a tese de 1975 advertia que num sistema produtor de mercadorias o suposto pendor à autoregulação dependeria de fatores alheios à história. Afora essa hipótese, de “um Deus ex-machina, não há como explicar a forma pela qual se chegou a ele”, fuzila.


O capitalismo aceita tudo. Menos a violação do seu impulso vital imiscível, como água e óleo, com ideais de harmonia e estabilidade. “Tal coisa’, lembra Belluzzo, “seria possível se as necessidades comandassem a produção, e não o inverso”. Sem os contrapesos de forças em sentido contrário, o capitalismo quanto mais dá certo, mais dá errado, nos seus próprio termos. Ou melhor dito pelo autor, trata-se da “própria contradição em processo, na medida em que a mesma lei que o compele a uma valorização progressiva acaba determinando um estreitamento da base sobre a qual se apóia esse processo de valorização”. É nesse percurso avesso à convergências que as crises regurgitam de uma desordem constitutiva e assumem invariavelmente a forma de superprodução - “de capital e não de mercadorias”, pontua o doutorando em sua exposição.
Trinta e seis anos depois, à luz de um colapso desencadeado justamente pela reprodução do capital fictício, deixado à própria sorte pelo desmonte do aparato regulatório do pós-guerra, o economista agora aos 68, volta à tese da juventude para uma releitura que encadeia a produção de um novo livro ainda inconcluso. Dele, Carta Maior publica dois capítulos inéditos: a introdução –“Capital e Capitalismo”, uma dissecação marxista da vida sob um sistema que tritura cada molécula de sanidade ao prometer mais do que seu DNA está apto a entregar; e o capítulo V, ‘Sistema de Crédito, Capital Fictício e Crise’. Aqui, trata-se de uma aula marxista para desvelar a mecânica estrutural da concentração de capitais que permite, de um lado, ‘antecipar’ o futuro através do crédito e do investimento; de outro, gerar massas de capital fictício, cujo supremacia sancionada desde Reagan/Tatcher resultou em conseqüências sabidas: auge e, portanto, ruína dos livres mercados.


Não são textos para apressados. Porém, ademais do prazer da leitura de longo curso, são dotados de urgência política. Mestre em erguer mirantes analíticos, Belluzzo eleva nossa visão além da neblina, para sofisticar a compreensão dos afazeres do nosso tempo.

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Marcio Lacerda recusa oferta feita pelo PSDB

 

Para prefeito, relação próxima a Fernando Pimental seria um empecilho para eventual disputa pelo Palácio da Liberdade

 Lacerda

Lacerda: "Todos sabem que estou na PBH em função da articulação do meu amigo Pimentel"

O prefeito de Belo Horizonte, Marcio Lacerda (PSB), não irá aceitar a oferta, que circula nos bastidores, para aliar-se ao PSDB na disputa pela reeleição em troca da candidatura ao Governo de Minas em 2014. Ele disse nesta quinta-feira (16) que jamais concorreria contra o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel (PT). "Não faria sentido, posso afirmar tranquilamente, eu estar planejando, em 2014, concorrer contra meu amigo Fernando Pimentel", disse.
Sem negar a proposta que lhe seria feita pelos tucanos, o prefeito disse que é prematuro discutir a eleição para o Governo, porém, descartou a possibilidade de enfrentar o ministro. Lacerda se disse leal ao petista e também ao senador Aécio Neves (PSDB). Ambos ajudaram o socialista a ser eleito prefeito, em 2008, em uma inédita aliança. A Pimentel, Lacerda se referiu, por mais de uma vez, como "amigo", não como ministro. Já ao tucano, afirmou apenas que mantém com ele relação fraternal e o chamou de governador. "Todos sabem que estou na prefeitura em função de uma articulação política do meu amigo Fernando Pimentel e do governador Aécio Neves, com quem tenho uma relação fraternal. Naturalmente, sou leal a ambos. Qualquer colocação em relação a 2014 é prematura", afirmou.
Conforme informou o Hoje em Dia, fontes ligadas ao senador disseram que ele iria oferecer a Lacerda a vaga de candidato ao Governo de Minas. Em troca, o PSDB e o PSB formatariam aliança rumo à reeleição do prefeito. A ideia já teria sido repassada ao socialista. Seria uma forma de pressioná-lo a desistir do acordo fechado com Pimentel, que prevê a dobradinha PT e PSB no pleito de 2012. Mas a cartada saiu pela culatra. Lacerda reiterou a disposição de não disputar o Governo. Pimentel é o pré-candidato do PT ao Palácio Tiradentes.


O prefeito também disse ontem que não se sente pressionado pelas legendas. "Estaria me sentindo pressionado se eventualmente estas articulações e debates estivessem prejudicando a administração. E não estão", justificou. Ele classificou como normal as notícias sobre a movimentação dos partidos.


Lacerda já teria optado pelo PT, segundo informações de aliados. Ele mantém conversas constantes com Pimentel e seus interlocutores. No meio petista, o único empecilho ao acordo é o grupo do vice-prefeito Roberto Carvalho, que mantém a disposição em lançá-lo à prefeitura.
Lacerda deve enfrentar na disputa do próximo ano um adversário do PMDB, outro do PSDB e ainda existe a possibilidade de candidaturas do PV e do PCdoB. O socialista afirmou que já sente o acirramento do pleito. Segundo ele, o deputado estadual Délio Malheiros (PV) tem feito críticas ao sistema de radares municipal em virtude da proximidade da eleição. "Estamos em um período pré-eleitoral e todos sabemos que ele é pré-candidato a prefeito. Como é especialista em direito do consumidor, ele está atuando. Mas está fazendo tempestade em copo d'água", concluiu.

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Falar de Política

 

Falar de política é muito bom. Pois foi o tempo que compartilhava da ideía “futebol, política e religião não se debate”. Agora o mais impresionante são as pessoas que dizem fazer política mais se renegam a verdadeiramente debater a política.

Um dos grandes problemas do nosso QUERIDO e AMADO Brasil, são os pseudo-debates que são realizados sob os aspecto de tentar resolver temas importantes para a nossa sociedade. Um dos temas que mais me impresiona da falta de coerência dos debates são os relativos ao combate a violência, seja ela no campo, contra jovens ou mulheres, dentre outras inumeras formas de violência que podemos enumerar.

Ao mesmo tempo que falam que querem combater a violência, é o tempo que cortam verba para a educação, o esporte e tratado como moeda de troca, o saneamento basico é obra eleitoreira, a saúde é peça de ficção e por ai vai.

Falar de política é muito bom, debater política é muito bom. O que é ruim são os falsos políticos que em troca de casas, carros, orgias, dinheiro facil entram nesta DIGNA função na qual deveria prevalcer o coletivo social, só que prevalece o coletivo pessoal.

Apesar de tudo, nem tudo está perdido. Muito há por salvar. Vemos por ai varias iniciativas que de fato podemos tirar o chapeu, apesar de algumas resalvas em relação a varios deles.

Falar de política significa falar da vida, da paz, da harmonia. Falar de política de política e falar de transformação.

Portanto vamos falar de política, debater política e construir uma nova geração de políticos no nosso brasil.

domingo, 12 de junho de 2011

A cada minuto uma criança sofre acidente de trabalho, diz OIT

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Por ano, mais de 500 mil acidentes envolvem crianças, ou 1.400 por dia. Relatório da OIT relativo ao Dia Mundial Contra o Trabalho Infantil (12), estima que 115 milhões de crianças estejam em trabalhos perigosos no mundo.

Por Bianca Pyl

Em todo mundo, a cada minuto uma criança em regime de trabalho infantil sofre um acidente de trabalho, doença ou trauma psicológico, de acordo com o relatório "Crianças em trabalhos perigosos: o que sabemos, o que precisamos fazer", da Organização Internacional do Trabalho (OIT). São mais de 1.400 acidentes por dia e um total de quase 523 mil por ano. O relatório foi divulgado nesta sexta (12),  Dia Mundial Contra o Trabalho Infantil.
Para Renato Mendes, coordenador do Programa para a Eliminação do Trabalho Infantil (IPEC, pela sigla em inglês) da OIT, esse número é preocupante principalmente porque ele é silencioso. "O Brasil e o mundo não despertaram para esse problema ainda", disse o coordenador do IPEC.

O trabalho infantil perigoso (tratado no Decreto nº 6481 de 2008, que regulamenta o Convenção 182 da OIT sobre as Piores Formas de Trabalho Infantil) afeta cerca de 115 milhões de crianças em todo o mundo. A OIT estima que haja cerca de 215 milhões de trabalhadores infantis no mundo, dos quais mais da metade estão em trabalhos perigosos.

No Brasil, estima-se que o número seja de 4,2 milhões de crianças trabalhando, sendo que mais da metade executa atividades perigosas. De acordo com o Ministério do Trabalho e Emprego,  em 2011 foram afastadas 3,7 mil crianças e adolescentes do trabalho . No ano passado, 5.620 crianças e adolescentes foram resgatados desta situação.

Dacordo com Renato Mendes, o trabalho infantil não é apenas um desafio educacional. É necessário encará-lo como um problema de saúde pública, já que estas crianças se tornarão adultos doentes, o que, consequentemente, impactará na Previdência Social. "O Brasil não está preparado para enfrentar esta questão", avalia.

O número de acidentes entre crianças e adolescentes também é mais elevado do que entre adultos. As crianças não têm a visão periférica formada, e a falta de visão lateral, explica Renato Mendes, facilita acidentes. "Além disso, a pele da criança é mais fina, facilitando intoxicações ou mesmo queimaduras", afirma o coordenador do IPEC.

Piores formas
O Brasil ratificou a Convenção 182 da OIT com a Lei 6.481, que Lista as atividades consideradas as Piores Formas de Trabalho Infantil, e que são proibidas para pessoas com menos de 18 anos. As cinco principais atividades - sendo três delas atividades ilícitas (trabalho análogo ao de escravo, tráfico de drogas e exploração sexual) - que empregam mão-de-obra infantil no Brasil são agricultura familiar e prestação de serviços, como trabalho doméstico, tanto no meio urbano quanto no rural, e comércio informal.

"Na agricultura familiar se utiliza agrotóxicos de uma forma menos organizada do que em um emprego formal. Para as crianças, o uso desses defensivos trás riscos imediatos de contaminação e até envenenamento porque a pele da criança é mais fina e o batimento cardíaco mais acelerado, fazendo com que o veneno chegue a corrente sanguínea mais rápido", explica o coordenador do IPEC.
Embora o número total de crianças entre 5 e 17 anos em trabalhos perigosos diminuiu entre 2004 e 2008, o número de adolescentes entre 15 e 17 anos nestas atividades teve um aumento real de 20% no mesmo período, passando de 52 milhões para 62 milhões. Mais de 60% das crianças em trabalhos perigosos são meninos.

O problema das crianças em trabalhos perigosos não se limita aos países em desenvolvimento, de acordo com o estudo. Existem evidências de que nos Estados Unidos e na Europa também há uma elevada vulnerabilidade dos jovens para acidentes de trabalho.

Crise econômica
No ano passado, o Relatório Global da OIT sobre trabalho infantil advertiu que os esforços para eliminar as piores formas de trabalho infantil foram abrandados, e expressou a preocupação de que a crise econômica global poderia colocar "mais freio" no progresso em direção à meta de eliminá-las em 2016.

Um ano depois, a crise econômica mundial teve um impacto direto no combate ao trabalho infantil, segundo Renato Mendes, e continua preocupante. No mundo inteiro houve uma redução nas ações. Apesar de os números do trabalho infantil continuarem caindo, o ritmo da queda foi menor do que nos dez anos anteriores. "Se continuarmos nesse ritmo, a tendência é estabilizar e até aumentar o número de crianças trabalhando", lamenta Renato.

Escolas ameaçam aderir à greve em Montes Claros: Segundo o Sindiut a pauta de reivindicações ainda está sendo definida



Na última quarta-feira, 08, servidores da rede estadual de educação de Minas Gerais entraram em greve por tempo indeterminado. Na pauta de reivindicações, dentre os 54 itens, o mais ressaltado é o piso nacional de R$ 1597,87 para os professores de nível médio com carga horária de 24 horas por semana recomendado pela CNTE - Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação.

Em assembleia, os professores decidiram seguir com a greve, marcando uma nova tentativa de negociações para o próximo dia 16. A greve já se estende por cidades como Belo Horizonte, Contagem, Ribeirão das Neves, Uberlândia, Montes Claros e Pirapora.

A secretaria Estadual de Educação argumenta que o Sindut – Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais – calcula o piso de acordo com a CNTE e não de acordo com o MEC. Segundo a secretaria, após a greve de 2010 o governo propôs o sistema de remuneração por subsídio. Com esse sistema, o valor básico para professores do nível médio chegou a R$ 1.122,00. A secretaria afirma ainda que após a greve de 2010, os professores receberam um aumento de 20%, com variação de 5% a 76%.

GREVE EM MONTES CLAROS

De acordo com Janete, diretora de comunicação da subsede do Sindut em Montes Claros, na quarta-feira, 08/06, 60% das escolas paralisaram na cidade. Ela observa que a pauta de greve ainda está sendo definida em Montes Claros, e que tudo dependerá dos resultados das negociações em Belo Horizonte.

- Ainda não há negociações. Muitas escolas já paralisaram e essa greve deve continuar pelo menos até o dia 16, quando haverá outra assembleia. Os professores que têm uma maior resistência em aderir à greve são os professores da educação inicial, – enfatiza.

A diretora fala ainda que a pauta de reivindicações é vasta, mas dois itens devem ser tratados com prioridade: o aumento e a progressão salarial.

- O salário pago ainda é muito inferior ao proposto pelo CNTE. Além disso, no atual sistema, um professor recém-formado recebe praticamente a mesma coisa de um professor com 10 ou 15 anos de serviço – salienta Janete.

NÚMEROS OFICIAIS

A superintendência de Educação de Montes Claros informou que poucas escolas aderiram à greve de forma integral na cidade. O órgão informou que na quarta-feira, 08, foi oito o total de escolas que paralisaram. Já na quinta-feira, 09, esse número chegou a 13, tendo 4 escolas paralisado totalmente e 9 parcialmente.

Apesar de um aumento nos dois dias da greve, o número ainda é pequeno quando comparado ao número total de 60 escolas estaduais existentes em Montes Claros. A superintendência afirmou não poder revelar, por enquanto, o nome das escolas que já aderiram à greve.

Fonte: O Norte

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Cantores gravam clipe contra a exploração sexual de crianças e adolescentes

cantores

Vinte e dois artistas se reuniram para a gravação de um clipe com o tema da campanha Carinho de Verdade, promovida pelo Conselho Nacional do SESI. O encontrou aconteceu nesta terça-feira (7) e o resultado deve ser lançado na mídia em aproximadamente quinze dias.


Entres os artistas que participaram da gravação estão Ivete Sangalo, Luan Santana, Fafá de Belém, Xuxa, Fagner, Sandra de Sá, Zélia Duncan, Maria Gadú, Vitor e Léo, Lenine, Jerry Adriani, Toni Garrido, Luiza Possi, Léo Jaime, Daniel, Preta Gil, Aline Barros, Saulo (Banda Eva), Buchecha, Beth Carvalho e Padre Fábio de Melo.


A campanha Carinho de Verdade foi lançada em 2010 com o objetivo de mobilizar a sociedade para o combate ao abuso e à exploração sexual por meio de denúncias. Na época, uma projeção no Cristo Redentor, no Rio de Janeiro, fez com que um dos maiores cartões postais do Brasil “abraçasse” a causa, numa alusão ao tema “O maior abraço do mundo”, também mote da campanha.


A iniciativa ganhou força entre os meses de abril e maio deste ano, quando, por meio da ação desenvolvida nas redes sociais, 50 mil tweets com a divulgação da campanha se espalharam pelo Twitter.

Conheça a letra da canção Carinho de Verdade:

Faces de dor na Terra
Milhões na escuridão
Violência sem razão
Sei que o amor supera
O carinho pode transformar
Quem de nós
Vai secar a lágrima da dor, da dor
Todo o carinho pra sorrir
Toda a verdade pra ajudar
Carinho de verdade pra sentir
Carinho de verdade pra mudar
Abrace a causa
Abrace uma nação
Abrace a vida com o coração
Abrace o sonho da canção
Deixe uma porta aberta
Pra quem quer recomeçar
Pra quem quer realizar
A força do bem supera
Oportunidade é transformar
Quem de nós
Vai secar a lágrima da dor, da dor
Todo o carinho pra sorrir
Toda a verdade pra ajudar
Carinho de verdade pra sentir
Carinho de verdade pra mudar
Abrace a causa
Abrace uma nação
Abrace a vida com o coração
Abrace o sonho da canção
Um carinho de verdade
Uma oportunidade
Juntos pelo amor
Juntos, todos juntos contra a dor
Todo o carinho pra sorrir
Toda a verdade pra ajudar
Todo o carinho pra sorrir
Toda a verdade carinho pra ajudar
Carinho de verdade pra sentir
Carinho de verdade pra mudar
Abrace a causa
Abrace uma nação
Abrace a vida com o coração
Abrace o sonho da canção
Carinho de verdade
Carinho de verdade
Carinho...

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Manuela quer que reforma política inclua os jovens

 

Em entrevista ao site Oba-Oba, portal que indica festas, shows e casas noturnas e tem os jovens como público principal, Manuela falou sobre sua militância, internet e novas ferramentas de comunicação e, claro, sobre os espaços do jovem na política.


Uma deputada federal que atualiza seu Twitter diretamente do Plenário via celular, que disponibiliza seu MSN para quem quiser entrar em contato e, de quebra, não faz a menor questão de ser tratada com a formalidade típica de políticos de alto escalão. Essa é Manuela d'Ávila, a gaúcha que, com apenas 28 anos conquistou seu espaço em Brasília, como representante oficial dos jovens brasileiros.

Manuela D´avila
"Desculpa falar com você e comer uma fruta ao mesmo tempo. Se não for assim, fico sem almoçar", disse Manuela ao telefone, direto de seu gabinete. A deputada do PCdoB tem uma agenda agitadíssima, mas não hesitou em conceder a entrevista quando soube que o objetivo era falar com o público jovem.


Manuela, apesar de novinha, tem um currículo pra lá de invejável. Sua militância começou cedo, aos 17, quando resolveu cursar jornalismo na PUC e Ciências Sociais na Universidade Federal do Rio Grande do Sul, simultaneamente. Nessa época, se envolveu no Diretório Acadêmico e não parou mais. Depois de formada, tornou-se vice-presidente da UNE e, em 2004, foi eleita vereadora pela cidade de Porto Alegre. Detalhe: foi a mulher mais votada naquele ano. E foi na reeleição do presidente Lula que Manuela foi escolhida para integrar o time de deputados federais. Ou seja, com apenas 24 anos ela já se preparava para levantar a bandeira da educação e das questões que envolvem a juventude de forma oficial. Seu mandato se encerra no fim deste ano, mas Manuela já está pronta para tentar a reeleição.
Confira os principais trechos da entrevista concedida ao site Oba-oba com a deputada que veio para mostrar que a idade não é um fator relevante na hora de fazer política.


Oba-oba: Qual foi o papel da internet durante suas campanhas?
Manuela D'Ávila: Trabalhamos sempre de uma forma diferente, com uma forte atuação pela internet, que em um primeiro momento chegava a ser novidade. Somos a geração da internet, faz parte do dia-a-dia da maioria dos jovens, portanto, o uso de ferramentas de internet e mídias sociais faz parte da postura jovem, é natural. Acredito que o uso disso me ajudou muito nas campanhas, entre outras ferramentas.


Oba-oba: Você acredita que o espaço para jovens na política está aumentando?
MDA: Eu diria que está crescendo, mas não na velocidade e tamanho necessários. Ainda falta muito. A questão é que, apesar de muita gente não saber, temos vários políticos jovens tentando fazer política. O erro deles, no entanto, está em deixar de ser jovem. Eu continuei como sou e as pessoas aprenderam a aceitar. Tenho muitos votos de terceira idade, por exemplo, afinal essas pessoas têm netos, o que acaba proporcionando essa identificação. Não adianta você ser jovem e ter atitude similar a de todos os que estão atuando na política.


Oba-oba: O que falta para que esse espaço se amplie?
MDA: Existem muitos partidos conservadores e isso afasta os jovens. Outra coisa: jovens políticos não têm espaço para campanha na televisão. Chegamos à questão das cotas, há uma lei, por exemplo, que determina que 30% dos políticos do país devem ser mulheres. Por que não uma cota para jovens? Ou um outro exemplo, você só pode se candidatar a uma vaga no Senado se tiver mais de 35 anos. Quem falou que a idade te impede de assumir um mandato destes? As opiniões são diferentes e isso vai além do partido, mas não deve ser uma justificativa para afirmar que o jovem não tem condições de assumir tais responsabilidades. Precisamos de uma reforma política urgente, para que situações como essas sejam tratadas de forma diferente. Além disso, não basta militar, se manifestar, os jovens devem elaborar mudanças, aparecer com propostas de fato. A reforma do sistema tem que incluir os jovens.


Oba-oba: Existe muito preconceito entre os políticos mais velhos?
MDA: Bom, quando eu concorri à prefeitura de Porto Alegre, em 2008, um dos meus adversários criou uma charge onde eu era uma criancinha com um urso na mão, entregando um papel para um adulto, como se fosse um boletim. Ou seja, esse era e continuará sendo o principal argumento dos meus adversários: a minha idade. A ideia é mostrar para as pessoas que uma candidata nova não daria conta, mas meu caminho político fala por si só. Isso não deveria ser um critério... O fato de eu estar filiada ao PCdoB há 11 anos poderia ser um critério, por exemplo. Enquanto muitos políticos vivem trocando de partido, eu me mantive fiel.


Oba-oba: Qual a sua análise do governo Lula?
MDA: O Brasil é definitivamente um país melhor. O presidente Lula vai entregar um Brasil completamente diferente do que ele recebeu. Somos uma nação mais democrática, uma sociedade que se manifesta com mais liberdade. Não podemos ignorar o fato de ele ter diminuído os índices de desigualdade social e a significante geração de empregos, mesmo em período de crise. No Prouni, por exemplo, são mais de 500 mil pessoas incluídas, parece pouco, mas é muito. Temos um país soberano, é bom ver o Brasil e ter orgulho. Quando eu era adolescente, ouvia música norte-americana e usava camisetas com a bandeira dos Estados Unidos. Hoje em dia, tudo que é brasileiro é mais valorizado, a própria música, o samba, as Havaianas... Ele resgatou o patriotismo nos brasileiros, por razões concretas, e isso tem uma profunda relação com a política externa nacional. Apesar de não ser do mesmo partido que eu, tenho uma enorme admiração pelo presidente Lula e fico emocionada quando ele diz que é o presidente que nunca estudou e que mais construiu escolas técnicas e universidades. Acho que ele sabe bem o valor disso, já que não teve acesso.


Oba-oba: Apontaria fatores negativos do governo dele?
MDA: Acho que a relação com o Congresso poderia ser melhor do que é, apesar de saber que não é tão simples assim. Temos uma caminhada muito grande, é o começo da formação de um Brasil acima das expectativas.


Oba-oba: Você já foi vice-presidente da UNE, portanto, gostaria de saber a sua opinião em relação ao Movimento Estudantil nos dias de hoje.
MDA: Eu penso no Movimento Estudantil dividido em duas fases: durante o período da ditadura militar e agora, na democracia. Acho muito injusto a forma como tratam o Movimento atualmente. Na minha opinião, grande parte das críticas tem a ver com a falta de entendimento dos limites de hoje. O Movimento luta em várias frentes e as pessoas nem imaginam, não ficam sabendo, como a história da reserva de vagas. Foram dez anos de luta e poucos sabem o quanto foi difícil. Ou a proposta que tramita agora nas Casas, para que 50% dos lucros obtidos no programa do pré-sal sejam destinados exclusivamente à educação. Acho impossível comparar o Movimento Estudantil dos anos 1970 e de hoje em dia. É injusto com as duas gerações. Não se constrói um país apenas gritando alto, precisamos de propostas, de gritos e propostas, e a UNE é umas das entidades mais propositivas. Esse saudosismo dos estudantes da ditadura é errado, eles lutaram e sofreram para que nós pudéssemos viver a democracia de hoje. Admiração e respeito são fundamentais.


Oba-oba: Como é a Manuela na vida pessoal? Você consegue conciliar os compromissos diplomáticos com o seu dia-a-dia jovem?
MDA: Olha, no começo eu penei um pouco, sempre fui muito workaholic, mas hoje sei bem como equilibrar as coisas. Passo a semana toda em Brasília, longe dos meus amigos, então quando eu tenho a oportunidade, aproveito. Aprendi também a separar os tempos e me acostumar com algumas situações. É engraçado, as pessoas me encontram num show por exemplo, e querem conversar comigo sobre política. Eu gosto de sair pra dançar, adoro MPB e samba, inclusive minha escola de samba ganhou este ano, a Imperatriz Dona Leopoldina. O segredo está no equilíbrio mesmo.

segunda-feira, 6 de junho de 2011

mariosan38

Hip-Hop é a Cultura Juvenil de massa mais Politizada do Brasil


Mano Oxi *

Ouvi esse comentário na 23 ° Reunião do Conselho Nacional de Juventude que ocorreu entre os dias 14 e 15 de Dezembro em Brasília.

Me senti lisonjeado por fazer parte desta cultura há mais de quinze anos. Nesse período todo tenho de admitir que o Hip Hop vem alcançando cada vez mais espaço de visibilidade e principalmente espaço de decisão.
Atualmente no Brasil, temos mais de três vereadores eleitos pelas candidaturas do hip-hop e mais de trinta nomes que concorreram resultando em ótimas votações, além de inúmeros jovens do movimento que ocupam cargos de confiança como: assessores parlamentares, secretários de cultura, coordenadorias de Políticas Raciais, entres outros.
O Governo Federal, representado pelo Excelentíssimo Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no ano de 2010 reconheceu o Movimento Hip-Hop oficialmente, criando o Prêmio Nacional da Cultura Hip-Hop que ficou conhecido como “Prêmio Preto Ghóez” (Ghóez foi um importante ativista do Hip Hop brasileiro). Este prêmio tem como objetivo principal reconhecer o Hip Hop como cultura popular da juventude historicamente excluída em nosso País.

O Hip Hop vem se organizando também no terceiro setor; são inúmeras as organizações de hip-hop que já possuem o seu CNPJ e muitas já participam de licitações, disputando verba pública para financiarem suas ações culturais nas comunidades desassistidas pelo Poder Público em âmbito Municipal, Estadual e Federal.

Há mais de dez anos, o hip-hop criou os seus próprios veículos de comunicação, seja nos canais públicos ou independentes, Jornais expressos ou pela grande teia digital conhecida mundialmente como Internet. São muitos os sites, blogs e rede sociais para informar o público sobre os acontecimentos que envolvem nossa cultura.

Aqui no Rio Grande do Sul, os últimos dois anos foram muito significativos para a valorização e reconhecimento do Hip Hop nas esferas institucionais. Por exemplo, tivemos uma boa articulação para criar a Lei Municipal e Estadual do Hip Hop (10.378 Municipal e 13.043 Estadual), instituindo nossa cultura dentro do calendário da Cidade de Porto Alegre e do Estado do Rio Grande do Sul.

Em seguida, realizamos o 1º Encontro Estadual de Hip Hop que ocorreu no mês de Maio de 2009, reunindo mais de mil jovens do movimento, vindos das diferentes partes do Rio Grande do Sul no Teatro Dante Barone, na Assembléia Legislativa do Estado.

Realizamos o 1º Seminário Regional de hip-hop também em parceira com a ALERGS, onde tiramos alguns encaminhamentos dos quais irão nortear o movimento nos os próximos anos. Atualmente tramita na ALERGS o PL.124 que instituirá, quando for aprovada, uma Política Estadual do Hip Hop garantindo ações conjuntamente com o Governo do Estado.
Não posso deixar de citar o 3° Congresso de Hip-Hop que ocorreu na cidade de Santos, São Paulo, no mês de Janeiro de 2010, reunindo mais de cinco mil jovens de todos os cantos do Brasil para fazer um momento de reflexão sobre os avanços do movimento em nosso País.
Por fim, durante o mês de Outubro de 2010, foi criado o Fórum Estadual de Diálogo Permanente do Hip-Hop, instância máxima do Hip-Hop Gaúcho perante as esferas Institucionais do Estado.

Por tudo isso, acredito também que o hip-hop é a cultura juvenil de massa mais politizada do Brasil. Pode acreditá, é o Hip-Hop contribuindo para as transformações de nossa sociedade. Assim que é, um forte abraço a todos e todas.

* Rapper do grupo DNA MC's, Vice-Presidente Nacional e Presidente Estadual da Nação Hip-Hop Brasil-RS. Editor do Jornal Salve! Suplente de Vereador na Câmera de Porto Alegre.

Aprender com as crises, para sair mais fortes

Lula viveu uma crise similar a esta – mesmo se de proporções muito menores – em 2005. Do fantasma do impeachment e das pressões para renunciar a um segundo mandato, saiu para cima e se tornou o presidente mais popular da história brasileira.

Lula se deu conta de que de um labirinto – aceitar as denúncias ou denunciar a intencionalidade da oposição – se sai por cima, rompendo com os círculos viciosos. Naquele momento também o mesmo personagem central desta – um dos centrais daquela – não queria sair, Lula teve que promover sua saída e substituiu-o não por um seguidor dele, mas por alguém que, junto a outros – entre eles centralmente Dilma – recompôs sua equipe, apoiou-se na solidariedade popular e saiu da crise muito mais forte. Aprender com a crise é condição para não repeti-la e para sair mais fortes.

O governo Dilma tem essa oportunidade. Recebeu e aprimora o eixo fundamental do sucesso do governo Lula: o modelo econômico e social. Formou uma equipe mais homogênea, que cuida e desenvolve esse eixo central para consolidá-lo e projetá-lo para o futuro.

A crise não veio daí. Veio de não ter tirado lições da crise de 2005 em relação a fragilidades na equipe, que permite uma nova ofensiva da mídia opositora, explorando essas fragilidades, mesmo em um marco inquestionavelmente mais favorável ao governo. Recompor a equipe nos pontos em que se revelou débil, retomar o debate e a coordenação política para enfrentar os desdobramentos da aprovação do Código Florestal na Câmara e enfrentar outros problemas pendentes – é o caminho para superar a crise e o governo sair mais forte.

Isso permitirá abrir caminho para voltar a mobilizar os setores que mais são afetados pela crise: a militância de esquerda, os movimentos sociais, a juventude, os artistas e intelectuais – mais sensíveis aos problemas que o governo enfrenta. Retomar uma coordenação politica consciente desses problemas, manter uma presença do discurso do governo presente e forte em relação aos problemas a enfrentar, aliando flexibilidade com consciência clara dos objetivos estratégicos centrais. E não voltar a incorrer nos erros que levaram a desgastes desnecessários do governo – desnecessários e superáveis, porque não provem das politicas centrais do governo, mas a escolhas de equipe e incapacidade, até aqui, de enfrentar grandes debates, de que o do Código Florestal é um deles.

O governo Lula soube sair da crise, tornando-se mais forte. Isso faz parte da herança recebida. O governo deve tirar as lições daquela experiência, se quer repetir o caminho virtuoso pelo qual Lula saiu da crise pelas escolhas fundamentais que fez naquele momento. Seu governo nunca mais foi o mesmo. O da Dilma pode retomar, da sua maneira, a mesma forma de sair do círculo vicioso da crise para se tornar mais forte. 

Fonte: Blog do Emir Sader

domingo, 5 de junho de 2011

Meioforgada

O mineirinho acompanha a esposa ao médico ginecologista, que faz o diagnóstico:

- Meu senhor, sua esposa está precisando de verdura, ferro e cálcio.
E o mineirinho:
- Uai, dotô... Ver dura, ela tá sempre veno.
- Ferro, leva quastodia.
- Agora, se o sinhô pudé colocá um cárcio, eu agardeço, purque ela tá meiforgada memo...!!!