domingo, 12 de junho de 2011

Escolas ameaçam aderir à greve em Montes Claros: Segundo o Sindiut a pauta de reivindicações ainda está sendo definida



Na última quarta-feira, 08, servidores da rede estadual de educação de Minas Gerais entraram em greve por tempo indeterminado. Na pauta de reivindicações, dentre os 54 itens, o mais ressaltado é o piso nacional de R$ 1597,87 para os professores de nível médio com carga horária de 24 horas por semana recomendado pela CNTE - Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação.

Em assembleia, os professores decidiram seguir com a greve, marcando uma nova tentativa de negociações para o próximo dia 16. A greve já se estende por cidades como Belo Horizonte, Contagem, Ribeirão das Neves, Uberlândia, Montes Claros e Pirapora.

A secretaria Estadual de Educação argumenta que o Sindut – Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais – calcula o piso de acordo com a CNTE e não de acordo com o MEC. Segundo a secretaria, após a greve de 2010 o governo propôs o sistema de remuneração por subsídio. Com esse sistema, o valor básico para professores do nível médio chegou a R$ 1.122,00. A secretaria afirma ainda que após a greve de 2010, os professores receberam um aumento de 20%, com variação de 5% a 76%.

GREVE EM MONTES CLAROS

De acordo com Janete, diretora de comunicação da subsede do Sindut em Montes Claros, na quarta-feira, 08/06, 60% das escolas paralisaram na cidade. Ela observa que a pauta de greve ainda está sendo definida em Montes Claros, e que tudo dependerá dos resultados das negociações em Belo Horizonte.

- Ainda não há negociações. Muitas escolas já paralisaram e essa greve deve continuar pelo menos até o dia 16, quando haverá outra assembleia. Os professores que têm uma maior resistência em aderir à greve são os professores da educação inicial, – enfatiza.

A diretora fala ainda que a pauta de reivindicações é vasta, mas dois itens devem ser tratados com prioridade: o aumento e a progressão salarial.

- O salário pago ainda é muito inferior ao proposto pelo CNTE. Além disso, no atual sistema, um professor recém-formado recebe praticamente a mesma coisa de um professor com 10 ou 15 anos de serviço – salienta Janete.

NÚMEROS OFICIAIS

A superintendência de Educação de Montes Claros informou que poucas escolas aderiram à greve de forma integral na cidade. O órgão informou que na quarta-feira, 08, foi oito o total de escolas que paralisaram. Já na quinta-feira, 09, esse número chegou a 13, tendo 4 escolas paralisado totalmente e 9 parcialmente.

Apesar de um aumento nos dois dias da greve, o número ainda é pequeno quando comparado ao número total de 60 escolas estaduais existentes em Montes Claros. A superintendência afirmou não poder revelar, por enquanto, o nome das escolas que já aderiram à greve.

Fonte: O Norte

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