terça-feira, 5 de março de 2013

Marketing de Atribuição: Resultados para sua Campanha Digital


O crescimento contínuo do número de pessoas que acessam a internet e as redes sociais tem incentivado muitas empresas de diferentes setores a realizarem campanhas de comunicação nos mais diversos meios digitais: portais, sites de nicho, links patrocinados nos buscadores, blogs e nas redes sociais.



vantagem de uma campanha de marketing digital é a possibilidade de obter as informações sobre os resultados de cada um dos diferentes meios, veículos, canais e formatos, como a entrega de impressões, cliques, taxa de clique, taxa de conversão, entre outras.

Porém, essas informações não são integradas, o que pode acarretar análises equivocadas ao se atribuir todo o retorno obtido apenas ao veículo que gerou a conversão final do cliente, sendo essa conversão uma venda, um cadastro ou mesmo a formação de uma comunidade engajada na sua marca.

Para não cair neste erro, o ideal é mapear os pontos de contato do cliente com a sua campanha online durante seu caminho para a conversão e assim, saber de maneira precisa, como as ações nos diferentes veículos e formatos estão impactando o seu público alvo, quais estão gerando mais conversões e devem receber um volume maior de recursos e investimento.

Portanto, a integração das informações de sua campanha online é essencial. Para isso é preciso investir numa ferramenta de Digital Marketing Suite (DMS), que é um método centralizado que permite medir de que forma cada usuário foi impactado e quanto cada veículo e formato contribuíram para a conversão do cliente, além da personalização da comunicação em função do seu comportamento e interesse. Um bom exemplo dessa ferramenta é a empresa IgnitionOne, há pouco tempo no Brasil, mas que já demonstra a que veio, através de muitos cases interessantes, como da concessionária GM.

Exemplo: uma cliente encontra seu site clicando em um link patrocinado. Ela volta uma semana depois clicando em uma rede social. Nesse mesmo dia, ela recebe um email e volta pela terceira vez para o seu site, agora com uma possibilidade maior de conversão, na visão da ferramenta que calcula a pretensão do usuário para a compra. Ainda assim, não faz a compra. Como a ferramenta sabe o produto de interesse desta cliente, é possível gerar um banner com uma promoção desse produto em um site qualquer que ela acesse. Mais uma vez ela é impactada, entra no site e finalmente realiza a compra.

Na prática não é apenas um veículo ou formato que proporcionou a conversão, conforme o exemplo apresentado, mas cada um dos pontos de contato com a campanha online teve sua parcela de contribuição. Afinal, o último clique no banner poderia não ter ocorrido se não houvesse uma conhecimento adquirido sobre o produto de interesse e o estágio de compra desta usuária, de modo a reconhecer o momento apropriado para fazer uma oferta diferenciada. Tudo isso só foi possível devido à integração e centralização dos conhecimentos obtidos durante o processo.

Esse conhecimento permite desenvolver campanhas online baseadas na experiência de cada usuário (engajamento), o que pode ser chamado de atribuição de comportamento ou marketing de atribuição, e, consequentemente, obter melhores resultados e rentabilizar o investimento ao destinar para cada veículo e formato o correspondente ao seu peso de contribuição para o caminho de conversão, além do desenvolvimento de uma comunicação mais personalizada e adequada ao estágio de compra.

É por conta dessa sofisticação que o marketing de atribuição tem se tornado a última palavra quando o assunto é Marketing no mundo digital.
* Com Renata Benigna**.

**Renata Benigna atua como profissional de Mídia Online e Offline no segmento de telecomunicações e é especialista em Marketing Digital. Graduada em Engenharia Civil pela UNIP, com pós-graduação em Administração em Marketing pela FAAP e Comunicação com o Mercado pela ESPM.

sexta-feira, 1 de março de 2013

Filme mostra que publicidade infantil contribui para o aumento do número de crianças obesas no Brasil

 
O padrão de consumo das famílias brasileiras e a publicidade infantil são dois dos fatores abordados no documentário "Muito Além do Peso: Obesidade, a maior epidemia infantil da história". O filme foi exibido nesta terça-feira (26) no anexo I do Palácio do Planalto, com a presença da diretora do documentário, Estela Renner. “A ideia do filme veio do caráter emergente do tema, pois crianças estão apresentando doenças de adultos, carregando um peso que não é delas”, afirmou a diretora paulista. Muitas das crianças entrevistadas não conhecem frutas comuns, pois consomem biscoitos, sanduíches e outros produtos com a composição chamada de ultrapalatável, uma mistura de açúcar, gordura e sal em quantidades pra lá do recomendável.

Com depoimentos reais de famílias das cinco regiões do país, o filme mostra hábitos alimentares e o adoecimento de crianças por problemas antes considerados de adultos, como doenças do coração, respiração, depressão e diabetes tipo 2.  A produção alerta pais, educadores, profissionais de saúde e governo sobre um problema que já atinge 33% das crianças brasileiras, segundo dados do IBGE.
“A obesidade é um problema multifatorial”, destaca a advogada do Instituto Alana (patrocinador do documentário), Ekaterine Karageorgiadis. Segundo ela, entre esses fatores está o excesso de alimentos processados, com muitas calorias e poucos nutrientes, como biscoitos recheados, refrigerantes e lanches rápidos.

Por outro lado, as crianças estão brincando menos ao ar livre e ficando muito tempo no computador ou videogame, por isso gastam menos energia. A advogada também aponta o consumo gerado pelo aumento de renda da população, que traz consigo o suposto status de trocar o feijão com arroz por uma lasanha congelada, por exemplo. Outro problema é a escassez de informação por parte dos pais, embalagens com informações equivocadas e a publicidade infantil, que muitas vezes associa personagens de desenho animado a alimentos nada saudáveis. Em algumas redes de lanches rápidos, as crianças até ganham brinquedos quando consomem sanduíches calóricos e sem valores nutricionais.

Para a diretora do filme Estela Renner, é necessária a regulamentação da publicidade infantil para que as propagandas falem com os pais, não com as crianças. A regulação também é destacada como fundamental pelo vice-presidente do Instituo Alana, Marcos Nisti. “Pela Constituição, a criança tem prioridade sobre qualquer assunto discutido neste país. Eu não me conformo quando falamos em regulação de publicidade infantil e as pessoas olham apenas o lado do marketing ou da liberdade de expressão. Precisamos valorizar e proteger esse ser que está em formação, fazendo disso uma bandeira da sociedade”, afirmou.
O representante da Organização Panamericana da Saúde, Enrique Jacoby, que também participou do debate, lembra que as causas da epidemia de obesidade infantil  já são conhecidas, sendo necessárias políticas firmes dos governos, com ação regulatória na área, além de apoio à agricultura familiar e recuperação das tradições culinárias de cada país.

Tereza Campello, ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, esteve na abertura da sessão e falou que o filme é um alerta aos gestores públicos, que devem atuar rapidamente, pois a obesidade coloca em risco o futuro das crianças brasileiras.
O filme está disponível para ser baixado no site muitoalemdopeso.com.br

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Ministro das Comunicações defende redução de preços em roaming internacional

Paulo Bernardo, ministro das Comunicações, defendeu nesta terça-feira (26) a redução dos preços cobrados pelas operadoras de telefonia em tarifas de roaming internacional (uso do telefone celular fora do país) e mais transparência neste tipo de serviço. As declarações foram feitas durante o Mobile World Congress, evento de tecnologia móvel realizado em Barcelona.

Bernardo disse que é a favor das determinações da WICT (conferência internacional de telecomunicações, promovida pela ONU) sobre a necessidade de mais transparência nos serviços de roaming.

"Apoiamos os dispositivos [discutidos na conferência internacional] sobre roaming, que propiciam maior transparência, maior qualidade, preços mais competitivos e a questão do roaming inadvertido. Acreditamos que essas medidas podem incentivar o uso do roaming internacional pelos turistas e demais viajantes que transitam entre os países latino-americanos", disse.

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Redes sociais são preferência nacional no uso da internet

Um estudo divulgado pelo instituto Net Insight, do Ibope Media, revelou que as redes sociais foram o tipo de site mais acessado pelos internautas brasileiros em janeiro deste ano. Ao todo, passamos cerca de 10 horas e 26 minutos conectados a serviços desse tipo, um aumento de utilização na faixa dos 13% em relação ao registrado no ano passado.





Sites de vídeos ou filmes online também mostraram crescimento, ficando em segundo lugar na preferência nacional. Os brasileiros passaram 14,8% a mais de tempo nesse tipo de serviço, ficando conectados, em média, por 1 hora e 52 minutos.

Números globais

De acordo com a pesquisa, existem hoje 72,4 milhões de brasileiros com acesso à internet, sendo que 53,5 milhões deles são considerados ativos, ou seja, utilizam a rede regularmente. O pico de acessos ocorre às 17h, com 73% dos usuários conectados. A faixa mais conectada vai dos 25 aos 49 anos, representando 52,7% do total.

O marketing aplicado à modernização das igrejas

A atração de fiéis é uma consequência e não o objetivo da ação missionária na opinião de Francisco Borba Ribeiro Neto, coordenador do Núcleo Fé e Cultura da Pontifícia Universidade Católica (PUC). Mesmo que considerado efeito e não causa, o crescimento do número de fiéis é resultado do trabalho de comunicação das igrejas, congregações, doutrinas e comunidades religiosas.



O marketing desenvolvido em cada uma dessas instituições pode ser considerado o que o - ainda - papa Bento XVI apontou como demandas da sociedade. Em resposta a elas, a orientação do pontífice foi que a Igreja se mantivesse fiel à sua natureza, ou seja, na contramão do desejo social. “O que pode não significar, num primeiro momento, aquilo que mais agrada as pessoas, o que mais elas querem ouvir”, reforça Borba.

Ainda que a posição oficial da Igreja não ofereça aos fieis aquilo que, ao menos num primeiro momento, eles querem a atração se dá por identificação. Segundo Borba, quando o líder relata suas experiências religiosas, estabelece conexão com o ouvinte. “Isso é uma estratégia de mercado? Você pode até dizer que sim, que se encaixa nas características, mas não é pensado assim”, declara.

Marketing
Mas Danilo Amaral, consultor de Marketing, diz que o marketing está posicionado em todos os setores da sociedade e a Igreja não é diferente. 

“Podemos identificar várias características do marketing nas igrejas“, afirma.
Amaral explica usando metáforas do cenário musical: “os jovens de hoje querem música popular, então você não vai ter muitos discos de música gregoriana”. A adequação da oferta à demanda é fundamento do marketing encontrado nas religiões segundo o consultor.

Os meios de comunicação também são ferramentas de marketing para as igrejas segundo o consultor, que destaca a necessidade de conhecer o público-alvo para a adequação do discurso. “Desde os anos 1960 que programas de TV e, hoje, as mídias sócias, são utilizadas para pregações”.

Amaral destaca o papel do papa João Paulo II para a chegada das missas católicas aos meios de comunicação. “O papa João Paulo II foi quem impulsionou, já tardiamente, a transmissão de missas. Hoje existem vários canais católicos que se utilizam de toda essa linguagem”.

Frases

Isso é uma estratégia de mercado?
Você pode até dizer que sim, que se encaixa nas características, mas não é pensado assim” 

Francisco Borba Ribeiro Neto, Coordenador do núcleo Cultura e Fé da PUC

Podemos identificar várias características do marketing nas igrejas”
“Desde os anos 1960 que programas de TV e, hoje, as mídias sociais, são utilizadas para pregações”

Danilo Amaral, consultor de marketing

terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Publicidade ambulante: japonesas alugam pernas para anúncios

Conseguir captar a atenção dos consumidores é uma das estratégias na hora de escolher um bom local para anunciar um produto. Mas, no Japão, os outdoors estão perdendo espaço para locais ainda mais atraentes: as pernas das mulheres. A nova onda publicitária consiste em alugar o espaço à mostra entre a meia 3/4 e a minissaia ou short.


A agência de marketing Absolute Territory PR começou com a ideia de usar a publicidade-adesiva na perna de mulheres durante oito horas por dia ou mais, por um certo período. A mulher tem um dia normal, mas deve se certificar que a campanha está exposta, tirar fotos e postá-las em redes sociais para comprovar seu trabalho. As regras determinam que as candidatas devem ter 18 anos ou mais e ter mais de 20 pessoas em qualquer rede social.
O resultado é positivo: desde novembro de 2012, mais de 1.300 japonesas já registraram suas pernas para participar de campanhas.

sábado, 23 de fevereiro de 2013

Vendas online: atendimento de qualidade aumenta conversão

Converter visitas em compras continua sendo o maior desafio de marcas que possuem canais de venda online. As empresas buscam desenvolver um atendimento multiplataforma e eficaz a qualquer hora do dia com o objetivo de não perder nenhuma venda. Para alavancar os números devem ser levadas em conta também a navegabilidade nos ambientes virtuais, a precisão e rapidez no esclarecimento de dúvidas e na resposta a reclamações.

Quando um internauta navega em busca de um serviço ou produto está prestes a fornecer informações sigilosas como sobre sua residência, documentos e dados bancários. A ausência de endereços e contato físico torna o consumidor mais desconfiado. Carente de detalhes, prazos e mecanismos de segurança, ele não tem a mesma confiança que sentiria diante de um funcionário em uma loja física. Um atendimento que cumpra estes pré-requisitos é determinante para a formalização de negócios. O que em longo prazo gera boas memórias e fideliza o cliente, fazendo com que ele retorne no futuro para novas compras.

Para tornar o relacionamento humanizado e a experiência com a marca mais completa possível, as empresas adotam multicanais, abrindo frentes de atendimento cada vez mais especializadas. Alguns dos recursos usados são vídeo conferência, chat, auto-atendimento e mensagens instantâneas. “De acordo com pesquisa recente da Neo Assist, 89% das empresas não conseguem responder de imediato o consumidor com relação a conteúdo de e-mails enviados anteriormente. Com uma plataforma unificada de atendimento, se uma pessoa tiver uma dúvida ou reclamação e acessar a empresa por qualquer canal, o operador terá em sua tela o histórico do cliente. Além de agilizar o atendimento, isso evita o transtorno de repetir a mesma história a cada novo atendente”, diz Albert Deweik diretor de vendas da NeoAssist em entrevista ao Mundo do Marketing.

Novas plataformas de atendimento
As centrais de atendimento e call-centers passam por uma transformação em seu formato: o modelo de telefonia nas nuvens ganha espaço, descentralizando o ambiente de trabalho e minimizando os custos. Os operadores trabalham de casa, conectados a um computador com acesso à internet e podem realizar o atendimento dos clientes em tempo real. O valor do investimento em plataformas varia de acordo com a estrutura pretendida pela empresa. Com mensalidades a partir de R$1.000,00, o empresário dispõe de plataformas integradas.

Diferente das lojas físicas, que têm horários restritos de funcionamento, os canais virtuais funcionam 24 horas, independente do dia do ano. O atendimento também precisa acompanhar o cliente no momento em que sua intenção de compra surgir. “Se uma pessoa tenta fechar um negócio de madrugada e tiver uma dúvida, precisa de resposta. Um mecanismo eficiente que esclareça imediatamente o consumidor contribui potencialmente para a compra. Uma forma de oferecer respostas 24 horas e poupar recursos é o atendimento automatizado, onde o cliente preenche um campo no site com sua pergunta que é instantaneamente respondida sem intervenção humana”, aponta Albert Deweik.

A facilidade da internet de viabilizar transações fora dos horários comerciais atende a necessidade de quem chega cada vez mais tarde em casa. As construtoras se adequaram a esta tendência e ampliaram o seu horário de atendimento online, diversificando seus meios de contato com o público. “O imóvel é o bem mais caro que o consumidor vai adquirir na vida. Ele precisa sentir confiança. Ampliamos o horário do chat até a meia noite e criamos alternativas de contato telefônico: se o interessado não quiser ligar, nós ligamos. Tudo pode ser feito de forma remota: vídeo conferência com o corretor, que reproduz uma visita ao apartamento decorado, exposição de plantas, vídeos e até simulação de alterações na construção. Hoje cerca de 10% de todas as vendas da construtora são realizadas inteiramente à distância”, analisa Denilson Novelli, gerente de e-business da Tecnisa.

Atendimento: chave para a confiança na primeira compra
As vendas realizadas na internet no país cresceram 29% no ano passado: 43 milhões de brasileiros realizaram alguma compra de forma virtual. Isso representa uma movimentação de R$ 24,12 bilhões no e-commerce, de acordo com dados da Abcomm (Associação Brasileira de Comércio Eletrônico). Mesmo com o crescimento desta modalidade, mais de 150 milhões de pessoas ainda não realizaram nenhuma transação na rede. O bom atendimento é percebido com um conjunto de fatores que vai desde o primeiro contato com o site até a entrega e alia o acesso rápido, sites com boa navegabilidade, além de flexibilização nas formas de pagamento que são fundamentais para conquistar essa camada da sociedade.

A aproximação da empresa com a realidade do cliente inclusive na linguagem é fundamental para ganhar sua confiança e tornar o seu ingresso no consumo on-line fácil e agradável. “O setor da aviação com seus termos em inglês geralmente traz complicação para quem viaja pela primeira vez. A solução é traduzir estes termos para a realidade do consumidor que está acostumado a viajar de ônibus. Invés de check in, falamos balcão de atendimento; no lugar de e-tiket, utilizamos passagem. Informamos todos os procedimentos que ele precisa fazer, sem gerar dúvidas”, diz Bob Rossato, Sócio Fundador do Viajanet.

Para conquistar de vez a confiança do internauta, a agência de viagens online investe em forma hibridas de fechar negócio. “Se o cliente não se sentir seguro para informar dados bancários pela internet, pode terminar a conexão e telefonar para a nossa central de atendimento. O passageiro busca se sentir confortável no momento de tomar uma decisão complexa e planejada como uma viagem. Não é algo impulsivo como entrar em um site e comprar um sapato. A decisão envolve a família, trabalho e economia”, analisa o Sócio da Viajanet.

Conhecimento das lojas físicas é importante no online
As lojas que têm presença física anterior ao seu ingresso no ambiente virtual trazem consigo a habilidade para atender o cliente pessoalmente.  Com o dia a dia do varejo, elas passam a conhecer as necessidades, desejos e senso de urgência do consumidor. Esse conhecimento é adaptado aos modelos de interação online. As marcas que dispensam a estrutura física e se estabelecem desde o começo na internet, por outro lado, além de se adaptar as particularidades do meio, precisam conhecer seu cliente sem um contato prévio e aprender a compreender suas necessidades que vão além da web.

A Guiliana Flores tem 23 anos de atuação no varejo e está na internet há 13. Em 2000, o site recém inaugurado era uma extensão do catálogo de arranjos para facilitar a escolha dos produtos antes do cliente formalizar o pedido na loja do bairro São Caetano, em São Paulo. Sem saber da proporção que a internet ganharia, Clóvis Souza, o CEO da empresa, não tinha aspiração de realizar vendas pela homepage. “Atualmente, as lojas Guiliana Flores e o site têm funcionamentos muito particulares, como se fossem negócios distintos. Mas o fato de entrarmos na web com 10 anos de bagagem de loja física nos deu conhecimento de trato com o cliente. Quem compra flores é para presentear em uma data importante. Temos que compreender a necessidade da entrega no prazo, caso contrário, aquele momento especial  terá passado. Esse é um compromisso que vem da loja”, diz Juliano Souza, Gerente de Marketing da Guiliana Flores, em entrevista ao Mundo do Marketing.

Em 2012, o e-commerce foi responsável por 92% do faturamento da empresa. Com uma loja virtual bem diferente do site inicial, a Guiliana Flores conta com suporte de atendimento e plataformas que auxiliam no acompanhamento dos pedidos, previsão de chegada, além de disponibilizar o serviço de SMS para confirmação da entrega. A floricultura que atende 1.800 cidades, investe em tecnologia para que seu cliente fique satisfeito desde o primeiro clique, passando por uma boa experiência com o atendimento que o conduz a compra.

Como estratégia de marketing, Paris Saint-Germain anuncia mudança de escudo

Seguindo sua estratégia de ser uma marca global no futebol, o Paris Saint-Germain oficializou nesta sexta-feira a mudança de seu escudo. Possibilidade aventada em janeiro, a mudança dará mais destaque a palavra Paris, que se isola no topo do símbolo.

Em comunicado oficial, o clube justificou que a ideia é “aproveitar o grande trunfo da marca: Paris”. A azul predominante também muda e agora passa a ser mais claro. Os demais elementos da composição do símbolo – a Torre Eiffel e a flor de lis – seguem presentes. 

No início do ano, o jornal ‘Le Parisien’ havia adiantado a possível mudança estudada pelo PSG. Na ocasião, a publicação noticiara que a grande mudança no símbolo seria a cor - o atual azul é o mesmo presente na bandeira francesa -, o que causou revolta nos torcedores.

A mudança será vista no uniforme do Paris Saint-Germain a partir da próxima temporada.
Montagem ESPN
À direita, o novo escudo do Paris Saint-Germain; veja o que muda no símbolo do clube
À direita, o novo escudo do Paris Saint-Germain; veja o que muda no símbolo do clube
Veja o comunicado oficial do Paris Saint-Germain:

“O novo escudo, que será lançado oficialmente no início da próxima temporada, expressa a posição do clube em torno do legado de excelência imposto pela referência a Paris e aos seus valores universais: ética e estética.

O Paris Saint-Germain decidiu aproveitar o grande trunfo da marca: Paris. O nome Paris ficará evidenciado, com a Torre Eiffel no centro do símbolo. Na base, o nome de Saint-Germain estará associado à flor de lis.

A tipografia foi inspirada em marcas parisienses, as cores ficaram mais brilhantes e ganharam mais destaque. Mais imediato, o escudo dará a nossa marca ressoar nas mentes dos fãs de futebol em todo o mundo.”

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Marketing: marca holandesa inova e promove aluguel de calças jeans


A marca holandesa Mud Jeans resolveu apostar em uma proposta e estratégia bem diferente para atrair consumidores. Esqueça a ideia de comprar a roupa na loja, lá os consumidores alugam a calça.

O processo funciona da seguinte forma na Mud. Em vez de comprar uma calça, você paga uma taxa mensal para alugar uma. É possível trocar o modelo nas lojas, fazer pequenas reparações caso o jeans descosture e, no fim do período de uso (um ano), a peça vai para a reciclagem.
Esse sistema permite aumentar a quantidade de material reaproveitado na confecção de jeans em até 50% - cortando os custos da produção, da venda e poupando impactos ambientais.

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Geração digital provocará impacto positivo no mundo, diz Tapscott

Por Vinícius Félix

Don Tapscott é pianista. Toca desde os cinco anos e começou a se esforçar de verdade aos 13, quando queria escrever canções de amor para a namorada. Mas Tapscott não fez fama virando um mestre do jazz com seu órgão Hammond B3. Preferiu fazer seu nome discutindo os impactos da tecnologia e da inovação na economia e na sociedade.

Muitas vezes definido como cyber-guru, Tapscott foi considerado - com certo exagero - pela revista Washington Technology (especializada no setor de contratos com governos) como a pessoa mais influente sobre mídia desde Marshall McLuhan. "Não uso esse termo, mas me considero uma autoridade na área, faço consultorias para governos e empresários no mundo todo", disse Tapscott durante entrevista. Ele esteve no Brasil há duas semanas para participar da Campus Party, em São Paulo.


Já são 30 anos de carreira na área, cerca de 400 palestras nos últimos cinco anos e 15 livros publicados. Seu maior sucesso é o best-seller de 2007 Wikinomics - Como a colaboração em massa pode mudar o seu negócio, traduzido para 20 línguas. Escrito por Tapscott e Anthony D. Williams, o livro foi responsável por popularizar o conceito de como a colaboração em massa pode reinventar a forma como as empresas se comunicam, criam valores e competem em novo mercado global disseminado - citando os exemplos do Myspace, do Linux, do Projeto do Genoma Humano e do conceito da Wikipedia.
Em 2010, a tese ganhou uma sequência no livro Macrowikinomics, que mostra a falência do modelo econômico tradicional, que tornou obsoletos alguns setores. A proposta de Tapscott e Williams? Reiniciar tudo.

"A extensão da colaboração aumenta a cada dia. A reviravolta na música e no setor de mídia será repetida em muitas outras indústrias", disse ele à reportagem. "Uma reviravolta é iminente no ensino superior, por exemplo. A abertura de cursos online tem se espalhado em todas as instituições de ensino superior nos Estados Unidos." O livro foi definido por Eric Schmidt, presidente do conselho do Google, como um caminho para todos no futuro.

Como em toda sua obra, o livro revela um Tapscott otimista quanto ao futuro - algo que ele carrega desde jovem. "Eu era idealista, queria ser agente da mudança. Estava envolvido em várias causas sociais, como a luta contra a guerra do Vietnã, o racismo e o sexismo", diz. Tapscott acreditava que as mudanças seriam rápidas, o que não aconteceu, mas ele compreende que algumas coisas mudam lentamente. E está na mão dos jovens, outro público alvo de seus estudos, resolver isso.

Para definir a geração nascida entre 1977 e 1997, Tapscott criou o termo "net generation" (geração em rede) em 2000, no seu livro Geração Digital, que teve continuidade em 2008 com o livro A Hora da Geração Digital. "São as pessoas que cresceram ‘banhadas em bits’ e têm o cérebro diferente", afirma. Para ele o ponto chave para isso está no período entre os 8 e 18 anos. É o momento, explica, em que o cérebro humano é construído como a fiação e conexões sinápticas do cérebro.

"Minha geração passou 24 horas por semana olhando para uma televisão. Hoje jovens gastam uma quantidade de tempo equivalente com as tecnologias digitais, mas como usuários, organizadores, atores, colaboradores", diz.
Tapscott explica que os games desenvolvem o pensamento estratégico e trazem determinação, enquanto as redes sociais servem para a colaboração. "Para os adolescentes de hoje, fazer o dever de casa é um evento social que conta com a colaboração de SMS e do Facebook, enquanto o iPod toca ao fundo."
Quando essa geração chegar ao poder, Tapscott prevê um mundo melhor. "O principal interesse da geração conectada não é a tecnologia, mas o que pode ser feito com ela", diz. "Eles são inteligentes, têm grandes valores, sabem como usar ferramentas de colaboração e estão preparados para lidar com muitos dos grandes desafios e problemas que a minha geração está deixando como herança".

Abertura radical. Seu otimismo chega a outros campos. Usando o tino de músico, ele acredita que local de trabalho dessa geração será como um conjunto de jazz, "com os músicos improvisando criativamente em torno de uma melodia e um ritmo", ao contrário do local de trabalho do passado, que lembra mais "um exército marchando em sincronia militar".
Já na política, Tapscott vê que o resultado será um mundo menos partidário e mais preocupado com o consenso.
Em seu novo livro lançado em janeiro, Radical Openness (sem edição brasileira), também escrito com Williams e baseado em uma palestra no TED, essa visão do mundo ganha mais elementos.
Tapscott reafirma a importância da transparência das empresas e a força da geração digital para um mundo capaz de resolver seus grandes problemas. Os movimentos de liberdade de informação, como Wikileaks, vão mudar a maneira que os negócios e a política são feitos.

O livro trata de quatro princípios: colaboração, transparência, compartilhamento e o poder disseminado. Tapscott conta histórias como a de um empresário que não conseguia encontrar ouro em sua mina. Anos de trabalho e dinheiro gastos com geólogos terminaram quando ele resolveu expor seu problema na rede e criou um concurso para premiar o projeto.

Uma empresa de computação gráfica encontrou o minério e levou US$ 500 mil - o empresário levantou US$ 3,4 bilhões em ouro.

O futuro não é a era da informação, mas da inteligência em rede, defendeu o autor durante sua palestra na Campus Party. Tapscott elogiou o evento e fez uma cobrança: "a Campus Party não é apenas o que você pensa. É um ambiente que servirá de modelo para como problemas do futuro são resolvidos no futuro".
O escritor não apenas defende a ideia, mas vive dessa maneira - é presença constante no Twitter, mantém seu site atualizado com os textos que escreve para jornais, tem um aplicativo para iPad e compartilha as canções do pai, que foi compositor e músico. Praticamente um integrante da geração conectada - porém com 66 anos.