sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Olimpíada tira Reino Unido da recessão

Entre todas as medalhas que os britânicos conquistaram nos Jogos Olímpicos de 2012, a mais importante - pelo menos para a sobrevivência do governo - foi anunciada apenas nesta quinta-feira. Alavancada pela Olimpíada, a economia do país superou a recessão mais longa em 60 anos e viu o Produto Interno Bruto (PIB) crescer 1% no terceiro trimestre, a maior expansão em cinco anos. Economistas e oposição, porém, advertem que o impacto do evento esportivo não sobreviverá aos último trimestre de 2012.

A recuperação é um forte contraste com a contração de 0,4% observada no segundo trimestre, confirmando que a dupla queda da economia britânica - em 2009 e 2012 - era a mais longa desde os anos 50. Além disso, o PIB britânico vinha em queda desde o quarto trimestre de 2011. O evento esportivo na capital britânica em meados do ano permitiu que a taxa de crescimento superasse as previsões do mercado, que esperava crescimento de 0,6%.

Há dois dias, os organizadores dos Jogos Olímpicos de Londres já haviam anunciado que o evento ficou abaixo do orçamento previsto, numa indicação de que os esforços de redução de custos funcionaram.
Ontem, o primeiro-ministro David Cameron não desperdiçou a ocasião para capitalizar o anúncio. "Esses números do PIB mostram que estamos no caminho correto e nossa economia está se recuperando."

Crescimento zero
Mas entre analistas de mercado a avaliação é de que eventos extraordinários - como os Jogos Olímpicos e as festas pelos 60 anos de reinado de Elisabeth II - camuflaram uma realidade ainda preocupante. Em comparação com o terceiro trimestre de 2011, o aumento do PIB foi zero. Em 2012, o crescimento da economia é de apenas 0,3% e o PIB do país continua 3,1% abaixo dos níveis de 2008.

Ao contrário do que o governo tenta argumentar, analistas e oposição dizem que o impacto da Olimpíada não deve ser mantido no médio prazo e os números de ontem não significam que a crise tenha sido superada. Para muitos, as promessas de que os Jogos dariam novo impulso à economia não serão confirmadas.

O setor de serviços britânico - que responde por mais de três quartos do PIB - subiu 1,3% no terceiro trimestre, depois de cair 0,1% no segundo. Já a produção industrial cresceu 1,1%, a alta mais forte desde o segundo trimestre de 2010. Mas o setor da construção - que representa 7% do PIB - recuou 2,5%.

Para a City londrina, dificilmente os mesmo números se repetirão nos próximos meses. "O perigo é de que esses números alimentem uma crença de que a economia esteja sendo arrumada, quando na verdade não há nenhum sinal nessa direção", alertou Chris Williamson, da empresa Markit. Segundo ele, há um risco real de uma nova contração já no quarto trimestre.

No próprio Tesouro britânico, economistas admitem que a taxa de expansão dificilmente se repetirá. "Os dados são bem-vindos", disse Howard Archer, da consultoria IHS Global Insight. "Mas não significam em hipótese alguma que a crise esteja sendo superada."

Para a oposição, a comemoração do governo pode ser prematura e o ouro da medalha pode não durar por muito tempo. Ed Balls, um dos líderes da oposição, diz que o país não pode depender de eventos isolados, como os Jogos Olímpicos. "O crescimento continua fraco e a economia está no mesmo lugar que há um ano."

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Os (des)mandamentos das redes sociais


E outro dia o Facebook anunciou ter alcançado a marca de um bilhões de usuários. Isso mesmo, você fez a conta certo, de cada seis pessoas que habitam este planeta, aproximadamente uma tem uma página na rede social criada por Mark Zuckerberg. Com tanta gente envolvida, mais cedo ou mais tarde os desmandos, maus modos e falta de noção que pululam no nosso dia a dia migrariam do mundo real para o virtual. Pois bem, infelizmente foi mais cedo. Exemplos de mau uso das redes sociais não faltam.

Encher a timeline das pessoas com atualizações, postagens e recados é o primeiro e talvez mais grave dos pecados que podem ser cometidos nas redes sociais. Na minha opinião, quem faz isso deveria ser condenado à fogueira, mas me parece que a Santa Inquisição abandonou a prática. Uma pena. Eu sei que você foi criada em um lar cheio de amor que girava em torno de cada pequena nescessidade sua e que por isso precisa, quase patologicamente, avisar a todos quando vai tomar água, fazer xixi, descascar uma laranja ou deixar/chegar ao trabalho. Na boa, não precisa. Mesmo. Primeiro porque a gente não liga. Depois porque faz você parecer uma louca carente e sem amigos. Melhor não, né?

Postar um milhão de fotos de bichinhos fofinhos com frases inspiradoras ou de autoria questionável é outro deslize que me faz considerar seriamente parar de receber as atualizações de certas pessoas. Caio Fernando Abreu, Clarice Linspector e Drummond JAMAIS escreveriam aquelas coisas e se tivessem escrito não gostariam que suas palavras viessem acompanhadas da foto de um filhote de cachorro. Se isso não for razão suficiente para você abandonar esse hábito, pensa que essas imagens são cafonas, muito cafonas. Tipo apresentação de Power Point com parábolas bíblicas. Se você ainda manda e-mails com apresentações em Power Point com parábolas bíblicas, pare de ler esse texo agora mesmo e volte para os anos 90. A humanindade agradece.

Compartilhar coisas que não são de interesse público é outra coisa que convém evitar. Outro dia uns amigos comentavam que a página deles foi invadida pelas fotos da cirurgia do menisco de um colega em comum. Eu, de verdade, não consigo imaginar o que passa pela cabeça do sujeito para ele achar que as pessoas vão curtir ver o joelho dele todo aberto. A dica é simples: a vida pessoal continua pessoal. Tente limitar o conteúdo das postagens a algo que realmente pode ser útil para quem recebe suas atualizações.

Tópicos muito específicos devem ser compartilhados com pessoas que se interessam pelo tema. Se você é super fã daquela banda finlandesa que faz múscia a partir de latas de sardinha, ótimo. Isso não quer dizer que eu vou achar super legal receber notificações sobre cada um dos videoclipes dos caras que você postar. Futebol, religião e novelas são assuntos que costumam gerar situações assim. Gente, o facebook permite que você separe seus contatos em justamente para evitar esse tipo de aborrecimento. Bora aprender a usar esse recurso e parar de encher o saco dos outros porque o seu time ganhou a partida do final de semana ou a Carminha levou uma surra do Tufão.

Ok, algumas causas são universais e devem ser defendidas por todos nós, mas as pessoas têm o direito de escolher até que ponto querem se envolver. Eu sou contra a violência doméstica ou contra crianças e animais, e não perco a oportunidade de alertar as pessoas sobre esses problemas. Mas prefiro não ver as fotos de um cão que apanhou até morrer ou assistir o video de uma criança sendo espancada pela babá. Esses são os meus limites. Seria elegante respeitá-los.

Marcar os outros em posts e fotos sem autorização também é pisar feio na bola. O mesmo vale para os aplicativos que mostram os lugares que você visitou. A pessoa tem o direito de não querer que saibam onde ela jantou ou o tanto que ela bebeu na última balada. Se para você não tem problema, tudo bem, mas tem gente que prefere não se expor tanto nas redes sociais. Na dúvida pergunte antes se pode associar as imagens e informações ao profile do outro.

No fundo, minha gente, é sempre sobre respeitar o espaço do outro e se colocar no lugar dele. Tipo civilidade, sabe? Pode parecer frescura no começo, mas todo mundo sai ganhando no final. Pode apostar.

Fonte. yahoo

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

“Agências não querem que os grandes anunciantes migrem para o digital”


As agências de publicidade e comunicação não querem que os grandes anunciantes migrem para o online. A complexidade de mensurar e avaliar resultados nos canais digitais faz com que muitos profissionais das agências e dos próprios anunciantes não se arrisquem nesta área. A afirmação é do Superintendente de Marketing da Fundação Getúlio Vargas, Marcos Henrique Facó.

Outro desafio é integrar as estratégias online e offline e compreender de onde vêm os resultados. Facó entende que o investimento nos canais tradicionais não abre espaço para questionamentos nem gera a necessidade de se analisar e cruzar dados. “Quando se investe na TV é muito mais fácil. Colocamos todo o dinheiro lá e não temos trabalho nenhum. O problema do cliente está resolvido. Agora é preciso entender de Google, de Facebook, de online, das métricas e todo o resto. As agências não querem que os grandes anunciantes migrem para o online, pois dá muito mais trabalho”, adverte o executivo, em entrevista ao Mundo do Marketing.

Este ano, a Fundação aplicou 80% de sua verba de Marketing do vestibular para os canais digitais. O investimento vem gerando bons resultados. “Os alunos não tomam a decisão sem pesquisar online. E quanto mais alto o custo do curso, mais intensas são as pesquisas. Temos análises do próprio Google apontando que a escolha de um curso de MBA, por exemplo, gera até seis meses de pesquisa online. O nosso target está online. Nada mais interessante do que investir cada vez mais. E temos o retorno disso”, explica o executivo. Leia a entrevista:

Mundo do Marketing - A FGV investiu 80% da sua verba do vestibular para ações no digital. Como vem acontecendo esta migração para o digital?

Marcos Henrique Facó –
Esta migração é uma evolução e não uma mudança brusca. É a evolução de uma estratégia que adotamos desde 2007, quando começamos a investir mais forte no digital. Mas na realidade, realizamos ações de Marketing na internet desde 2003. Sendo que naquela época tinhamos duas ferramentas apenas, o banner e o e-mail marketing. De lá para cá, acompanhamos e aprendemos sobre como funciona o meio digital. E por isso nos últimos anos estamos investindo cada vez mais.

Mundo do Marketing – Os resultados foram positivos?

Marcos Henrique Facó – Sim. O perfil do nosso aluno possui características que vão ao encontro do que nós oferecemos. Nosso público está na internet e recebe bem este tipo de comunicação. É na internet onde ele escolhe o curso que vai fazer. Estes alunos não tomam a decisão sem pesquisar. E quanto mais alto o custo do curso, mais intensas são as pesquisas. Temos análises do próprio Google apontando que a escolha de um curso de MBA, por exemplo, gera até seis meses de pesquisa online. O nosso target está online. Nada mais interessante do que investir cada vez mais. E temos o retorno disso. Dados do Ibope de 2011 mostram que 6% do investimento em mídia no Brasil vão para a internet.  Nos Estados Unidos a média é um pouco maior. Nosso online representa até 65% do montante total investido em mídia e para algumas ações específicas, o percentual do online chega até 80%.

Mundo do Marketing - Quais são as principais ferramentas hoje dentro do investimento em digital?

Marcos Henrique Facó – Do total de investimento da FGV, 50% vão para o Google, distribuídos entre mídia display e adwords, mais ou menos com metade para cada. Os outros 50% do budget vão para mídia display e ações nas redes sociais. Desde 2010 estamos investindo em redes sociais com ações que vão desde a criação de aplicativos até a contratação e veiculação publicitária nestas plataformas. Estas ações não são terceirizadas, temos uma equipe de Marketing digital que cuida das campanhas e da presença da FGV nas redes sociais: Facebook, Twitter, Linkedin, Google +, YouTube, Flicker e Pinterest, onde estamos começando. Um ponto importante do nosso planejamento diz respeito ao aprendizado. Não sei, por exemplo, se o Pinterest vai pegar no Brasil, mas a experiência é válida. Isso é estratégico para nós. Hoje as redes sociais ainda não são tão importantes para as grandes empresas, pois não trazem resultados diretos. A questão é que elas serão muito importantes. Em médio e longo prazo, elas trarão resultados. Ainda não está muito claro para o mercado, por exemplo, a diferença entre redes e mídias sociais. Nas próprias agências, ainda há certa confusão na divisão entre online e offline. Imagine que eu faço um comercial para a TV e depois o disponibilizo no YouTube, onde consigo um milhão de visualizações. Na TV paguei uma fortuna, mas noYouTube ele foi gratuito. Este investimento é classificado como TV ou rede social? A mesma campanha vai para a TV, para o YouTube, para o Facebook etc. Ou seja, isso gera um problema de definição.

Mundo do Marketing – Hoje se fala muito das redes sociais. Qual o peso delas na estratégia da FGV?

Marcos Henrique Facó -
As redes sociais não são ainda tão importantes, mas serão. O Foursquare, por exemplo, é apenas uma brincadeira no Brasil. Lá fora, existe uma cultura de cupons de desconto que faz desta rede uma plataforma muito interessante para as marcas. Ainda há muita coisa para ser definida neste cenário. As mudanças são tão rápidas que eu, como professor do MBA em Marketing Digital, sou obrigado a revisar constantemente meu material de aula. As próprias plataformas concorrentes se integram. Por exemplo: posto um vídeo em nosso canal do YouTube, que pertence ao Google, e o compartilho usando o Facebook. Mais uma razão para investirmos neste aprendizado.

Mundo do Marketing - Como é o investimento nos canais mobile?

Marcos Henrique Facó –
Temos ações no mobile. Inclusive, nosso número de acessos cresceu 400% no mobile.  Somos case do Google para as melhores práticas em canais mobile.  Há uma integração muito grande entre todas essas plataformas e isso dificulta um pouco a mensuração, pois como saber exatamente qual foi a plataforma responsável por determinado resultado?

Mundo do Marketing - A mensuração das ações no universo digital ainda é uma dificuldade?

Marcos Henrique Facó -
Quando olhamos, por exemplo, apenas o Facebook, as métricas mostram que ele não converte. Ao mesmo tempo, temos alguns vídeos do Desafio FGV onde grandes empresas postam conteúdo na nossa fanpage convidando os usuários a participar e as melhores respostas ganham prêmios.  Só este ano, tivemos 200 mil views para estes vídeos. Isso não impactou muito em visitações no nosso hotsite, porém gerou 20% a mais de candidatos para o vestibular realizado no Rio de Janeiro. Temos todas as métricas e olhamos para todas elas. Porém, como são muitas variáveis e elas mudam o tempo todo, fica difícil atribuir um determinado resultado a esta ou aquela ação. Cruzamos os resultados das campanhas realizadas no Rio, em São Paulo e em Brasília. Isso nos gera números fantásticos, mas a problemática está em entender de onde veio tal resultado e porque ele aconteceu. Este é um desafio para o qual a maioria dos profissionais de Marketing tem resistência em investir.
Mundo do Marketing – Qual a razão de tanta resistência?
Marcos Henrique Facó -
O digital te dá dados. E é preciso analisá-los, mas para isso o profissional tem que entender do assunto. Quando se investe na TV, por exemplo, é muito mais fácil. Colocamos todo o dinheiro lá e não temos trabalho nenhum. Para as agências, situação semelhante acontece: a agência recebe a sua comissão de veiculação, faz o comercial, coloca na TV e nos principais veículos e pronto. O problema do cliente está resolvido. Agora é preciso entender de Google, de Facebook, de online, das métricas e todo o resto.  As agências não querem que os grandes anunciantes migrem para o online, pois dá muito mais trabalho. Uma métrica importante que quase ninguém olha é o bounce rate. As agências não olham, até porque não é responsabilidade delas e sim do Marketing da empresa. Fazer o digital bem feito é bem mais complicado e ainda prevalece a máxima: ninguém será demitido por anunciar na Globo. No digital, o seu resultado está ali, para qualquer um ver. E muitas empresas levam um verdadeiro “tapa na cara” do internauta. Este é um risco para quem está presente na web. Por isso é tão importante a questão do aprendizado. Temos 140 mil usuários em nossa fanpage. É a maior fanpage de uma instituição de ensino. No Twitter, perdemos apenas para o perfil da USP em número de seguidores. Uma coisa muito legal é que no Marketing digital, estamos praticamente no mesmo nível do que é feito lá fora.

Mundo do Marketing – Qual o caminho para o profissional de Marketing se manter atualizado em meio a tudo isso?

Marcos Henrique Facó –
É um ambiente complexo e isso gera para o profissional uma ansiedade muito grande, pois ele precisa estar sempre acompanhando lá na ponta tudo o que está acontecendo. Porém, o mais importante é entender de comunicação e Marketing. Vejo os mais jovens investindo e abrindo agências digitais, mas sem o devido entendimento de Marketing. Não acredito em agências online e offline. Existem agências que fazem só TV, só revistas ou só jornais? Por que existe essa divisão no online?  Eu acredito na comunicação integrada. A comunicação tem que ser a mesma independente no canal. Faz sentido um profissional especialista em Marketing Mobile? Ou uma agência que só fala para o mobile? O caminho é para a convergência. Antes havia apenas a TV, a mesma TV para todos os públicos. Hoje a audiência está em múltiplos canais.  Ela é fragmentada. O jovem da classe C interage com um smartphone da mesma forma que um jovem da classe A? No passado, a TV era a mesma para todos. Marketing antes era tido como uma piscina rasa: qualquer um podia entrar sem grandes riscos de se afogar. Mas agora a piscina está cada vez mais funda e muita gente vai morrer afogada. Por isso muitos profissionais se agarram com tanto afinco à maneira tradicional de se trabalhar com a comunicação e o Marketing.

fonte Mundo do Marketing

As 10 melhores ferramentas de negócios do Google+


Provavelmente, sua empresa está presente no Facebook, assim como no Twitter. Mas, e quanto ao Google+? Você deve estar sofrendo à exaustão com as mídias sociais, mas tenha em mente que uma ampla estratégia social abraça a todas as plataformas, e o Google+ é uma comunidade ativa e vibrante. Resumindo, é um ambiente que você não deve ignorar.

Ok, voltando a realidade. Não vamos fingir que o Google+ está numa corrida cabeça a cabeça com o Facebook, não. Isso não acontecerá tão cedo.

O Google anunciou em julho que sua rede social de um ano de idade tinha 250 milhões de usuários, número que realmente impressiona no papel. Porém alguns analistas, entretanto, questionaram os crescentes números. Em maio, por exemplo, a RJMetrics empurrou algumas campanhas publicitárias para 40 mil usuários aleatórios do Google+ e descobriu que o engajamento por lá é bastante morno. Outro ponto: 30% dos usuários que postaram algo não voltaram a publicar qualquer outra coisa. E, em média, as postagens continham um +1 (semelhante ao Like, do Facebook), menos de uma resposta e menos de um recompartilhamento.

O engajamento por lá pode ter melhorado desde então, mas é muito claro que o Google+ não é o Facebook. A Fan Page do McDonald’s, por exemplo, conta com 22 milhões de “likes”. Na página do Google+? Abaixo dos 16,3 mil +1. É óbvio quem é que está amando mais tudo isso.

E, novamente, o Google+ é uma plataforma com muito potencial para marketing e redução de custos. O Google continua a implementar funcionalidades sociais de seus serviços, incluindo videoconferência e ferramentas para trabalho colaborativo, que são muito úteis para empresas que rodam o Google Apps.
Porém, como os seguidores e fãs dos sites sociais podem ajudar o seu bottom line? Bem, eles estão bem mais dispostos em comprar seu produto ou serviço. O BestBuy, por exemplo, obteve um benefício enorme com sua presença no Facebook, de acordo com a Forrester.

“Sendo um fã da página da BestBuy no Facebook, a chance de compra pelo consumidor aumenta cerca de 5,3 vezes; o mais próximo desse número são os consumidores de eletrônicos, que aumentam as chances de compra em cerca de 1,4 vezes”, disse Josh Bernoff, analista da Forrester.

Curiosamente, esse comportamento é notado em todas as marcas. “Por exemplo, ter um Walmart próximo de você dobra a chance do usuário considerar uma compra por lá, mas sendo um fã da página do Walmart, pode-se somar mais um quarto de expectativa”, escreveu Bernoff em um post no blog da Forrester.

O mesmo tipo de dinâmica, combinada com o poder de pesquisa do Google, deve valer para que as organizações se estabeleçam no Google+, podendo crescer com a rede. O seu negócio já se ajustou para o Google+? Abaixo, as 10 melhores ferramentas de negócios para a plataforma social do Google.

Use os Hangouts para reuniões em vídeo
Não conta com uma solução cara para videoconferência? Os Hangouts, ferramenta de colaboração online do Google, permite que você faça uma reunião por vídeo com mais de 10 participantes. É excelente para rodar slideshows com clientes, usuários e qualquer outro tipo de pessoa fora da empresa. E devido ao fato de poder adicionar um documento do Google Docs na reunião, os Hangouts são ideias para sessões de edição colaborativa com seus pares. Com o aplicativo do Google+, usuários do iPhone e iPads podem, também, se juntar a conversa e, naturalmente, há uma versão para usuários do Android.

Hangouts On Air
Os Hangouts são mais do que uma ferramenta para videoconferência, pois também ofertam a possibilidade dos Hangouts On Air, que permite a você fazer streaming ao vivo com as pessoas que seguem o perfil de sua empresa no Google+, canal do YouTube ou website. De forma orgânica, essa modalidade é mais usada por músicos e outros entretenimentos ao vivo, mas também é útil para empresas, incluindo aquelas que querem mostrar a demo de um novo produto ou serviço.
E se ninguém assistir ao seus live stream? Esse é, de fato, uma preocupação real, claro, mas como os eventos do Hangouts On Air são automaticamente gravados em sua conta no YouTube, seus seguidores no Google+ podem pegar o vídeo mais tarde.

Compartilhamento privado
Algumas mensagens compartilhadas nas redes sociais devem atingiar apenas seus amigos, e não o público em geral. Os usuários do Google Apps têm compartilhado controles que os permitem limitar postagens e comentários no Google+ apenas para quem faz parte da empresa. Mesmo que você escolha por postar de forma externa, a informação estará disponível a apenas as pessoas que você selecionou. Da mesma forma, você pode restringir Hangouts para apenas suas empresas de forma padrão. De acordo com o Google, algumas funcionalidades premiun do Google+, como a colaboração e compartilhamento de configurações para o Google for Business, Educação e Governo, ficarão de graça até o final de 2013.

Ripples
Você é um daqueles compulsivos por postagens? Os influenciadores das redes sociais estão compartilhando e recompartilhando seu conteúdo, ou você tem sido massivamente ignorado? O Google Ripples é uma ferramenta para visualização que rapidamente te permitirá descobrir essas respostas. Ela cria um gráfico interativo dos compartilhamentos públicos de um post ou um URL no Google+. Quando algo é captado pelo Ripple, uma janela pop-up mostra mais informações sobre a pessoa que está divulgando seu post.
O Ripples apenas capta os compartilhamentos públicos, não sendo possível ver exatamente toda a atividade relacionada ao post. Ainda assim, o Ripples conta com uma poderosa demonstração do poder de alcance do Google+ – e, sobretudo, quanto o seu post está tendo o impacto que você gostaria que ele tivesses.

Relatórios Sociais
Qual é o impacto que as redes sociais estão tendo sobre seu negócio? O Google Analytics mensura não apenas o papel do Google+ em seus esforços de marketing online, mas também o impacto de outras redes sociais.
Por exemplo, o Google Analytics mostra qual artigo em seu site foi o mais compartilhado, e quais os botões sociais seus visitantes mais costumam usar para compartilhar. O Conversions (conversor) mostra quanto valeu todo o compartilhamento e o alcance, um benefício para empresas que querem medir o retorno dos investimentos (ROI) em redes sociais. O Social Sources mostra qual a rede social mais te dá tráfego – e te ajuda a redefinir sua estratégia sociail.

Laços mais estreitos com o Google Apps
É justo dizer que o Google+ não pegou, exatamente, fogo no mercado consumidor, mas com a completa integração com o Google Apps, você pode aumentar sua popularidade entre as organizações que também usam a suíte de produtividade do Google. Em julho, por exemplo, o Google tornou possível que os usuários do Gmail convidassem mais de nove pessoas para um Hangout no Google+. E, no final de agosto, o Google Apps ganhou a possibilidade de adicionar Hangouts para um evento no calendário. Os participantes podem entrar na sessão diretamente, usando, apenas, o convite.

Extensões sociais
As pessoas gostam de saber o que seus amigos “curtiram” online, então é bom que as empresas os ajudem a descobrir isso. Para as empresas no Google+, isso significa ajudar os usuários verem seus amigos e um pouco do comportamento. O Google explica como adicionar uma pequena porção de códigos em seu site para permitir essa função, e como sua publicidade pode permitir extensões sociais no AdWords.

Os círculos
As empresas podem usar os círculos do Google+ da mesma forma que o usuário final: separando os seguidores em ambientes diferenciados, baseados em grupos ou interesses específicos. Uma pequena empresa, por exemplo, poderia agrupar por localização ou talvez criar círculos diferentes para empregados e clientes. O benefício para você é a capacidade de enviar mensagens personalizadas para atender às necessidades exclusivas de seus seguidores. Exemplo: os funcionários se preocupam com um dia voltado para a parabenização deles, mas seus clientes, provavelmente, não.

A integração do API
Ferramentas de terceiros podem te ajudar a gerenciar a sua página de negócios no Google+. Muitas organizações utilizam agências de gerenciamento de mídia para executar suas operações sociais através de vários serviços, incluindo o Facebook e outros. Em novembro de 2011, o Google anunciou que permitiria que seis empresas (Buddy Media, Context Optional, Hearsay Social, HootSuite, Involver e Vitrue) pudessem usar as suas ferramentas de gestão no Google+. Em julho de 2012, o Google anunciou que estava abrindo um novo conjunto de APIs de gerenciamento de centenas de provedores de ferramentas. Para as empresas e marcas, isso significa mais maneiras de desenhar uma página voltadas para necessidades específicas.

URL Personalizada
O Google+, assim como o Facebook, oferta a possibilidade de personalizar, de forma muito fácil, o URL de sua fan Page. Essa modalidade começou a rodar no último mês, e é uma ótima notícia para empresas que pretendem se estabelecerem no Google+

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Opinião: Salto de austríaco foi grande ação de marketing


 Quem mais sai ganhando com o salto de Felix Baumgartner não é a humanidade, mas o patrocinador que bancou a aventura na estratosfera, afirma o jornalista esportivo Stefan Nestler.

Que as imagens transmitidas ao vivo pela internet ou televisão para todo o mundo foram impressionantes, não se discute: o homem na cápsula, o olhar a partir da estratosfera, o mergulho, o corpo caindo como um pontinho branco, a velocidade estonteante em direção à Terra, o rápido e temeroso giro no ar, a recuperação e, ao final, a aterrissagem sem problemas.

E, apesar de toda a tecnologia de ponta envolvida, o salto foi também um notável feito esportivo. Felix Baumgartner, de 43 anos, comprovou grande coragem ao saltar de uma altura de 39 quilômetros, pois havia uma margem de risco que poderia ter lhe custado a vida. O paraquedista profissional da Áustria caiu numa velocidade máxima de 1.342 quilômetros por hora, claramente mais rápido do que o som. E ele resolveu todos os problemas que apareceram no caminho – a experiência foi bem-sucedida, o paciente vive.

Mas tudo isso não deve desviar a atenção do fato de que se tratou de uma gigantesca campanha publicitária, um megaevento midiático. Os estrategistas de marketing do patrocinador fizeram um excelente trabalho. Não à toa a equipe em terra chamou-se Mission Control e estava perfilada como cientistas da Nasa acompanhando um voo espacial.


Stefan Nestler
A mensagem era clara: o salto da estratosfera tem uma dimensão semelhante à da chegada do homem à Lua. Vejam: aqui está um homem que arrisca sua vida pelo bem da humanidade! Combinava com isso a câmera que mostrava a torcida dos familiares de Baumgartner.

Quem mais sai ganhando com esse salto não é a humanidade, mas o patrocinador que bancou a aventura na estratosfera e cujo logotipo podia ser visto por toda a parte. A Missão Estratosfera era também uma Missão Refrigerante. O efeito midiático mundial para o fabricante de bebidas da Áustria deve ter superado em muito os custos. E estes foram elevados. Estimativas dizem que a empresa bancou entre 25 milhões e 50 milhões euros nesse projeto, que se encaixa tão bem no nosso mundo midiático e conectado.

O tão propalado benefício científico é no mínimo questionável e deve primeiramente ser comprovado. Até lá, o salto cheio de recordes de Baumgartner fica sendo uma aventura dentro de uma grande estratégia de marketing.

Autor: Stefan Nestler (as)
Revisão: Roselaine Wandscheer