segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Privacidade, a caixa preta das redes sociais

<br />Redes sociais não deixam claras quais são suas políticas de privacidade, colocando o consumidor em risco<br />Foto: Arte Criação

Redes sociais não deixam claras quais são suas políticas de privacidade, colocando o consumidor em riscoARTE CRIAÇÃO

RIO — O Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) avaliou as informações disponíveis nas políticas de privacidade e nos termos de uso das redes sociais Facebook, Google+ e Twitter, que estão entre as mais populares no país. A conclusão é de assustar até mesmo o mais precavido dos usuários: as redes não deixam claras quais são suas políticas de privacidade, colocando o consumidor em risco.

A análise, conforme mostra a tabela ao lado, levou em conta padrões internacionais de proteção da privacidade, a legislação nacional, como o Código de Defesa do Consumidor (CDC), e os princípios de proteção de dados pessoais dos usuários previstos no anteprojeto de lei elaborado pelo Ministério da Justiça.

Com esse levantamento, o Idec pretende conscientizar o usuário sobre a relação de consumo, por vezes imperceptível, que existe entre o internauta e a empresa que controla a rede. O instituto escolheu Google+, Facebook e Twitter para a avaliação porque o negócio principal deles é a própria rede social.

— Embora a rede não cobre pelo serviço, os usuários são obrigados a fornecer seus dados pessoais sem saber o que será feito com eles. E também aceitam as condições de uso. Ficam expostos a todo tipo de publicidade. Não é um serviço gratuito, é uma relação de consumo, sujeita ao CDC — diz Gustavo Varella, advogado do Idec.

Segundo ele, há uma dinâmica nas redes que o consumidor não tem acesso nem controle. As empresas lucram com a publicidade, mas a maioria dos usuários das redes não se dá conta de como participa desse processo. Embora as empresas digam que prezam pela privacidade de seus usuários, no Brasil, diferentemente do que ocorre na Europa, não existe uma agência reguladora que garanta a proteção dos dados.

— Com uma agilidade muito grande, essas empresas coletam, tratam e devolvem os dados na forma da publicidade que parece ter sido feita sob medida para nós. É uma indústria baseada na coleta de dados pessoais. Os textos nos sites dessas redes não são claros quanto a isso — argumenta o advogado do Idec.

Segundo Guilherme Varella, as informações disponíveis nos sites não esclarecem, por exemplo, o que é feito com os dados do usuário que cancela a conta:

— O Facebook diz que as informações são repassadas apenas às empresas afiliadas, mas não se sabe exatamente o que isso significa. O Google+ diz que dados de contas desativadas podem permanecer na rede por determinado tempo, mas isso também não é muito claro.

Ao usuário resta usar as redes com bom senso, evitando a super exposição, e ficar atento às configurações de privacidade e segurança. E, como ressalta o advogado do Idec, saber que as empresas controladoras das redes sociais têm que se responsabilizar pela segurança da infraestrutura tecnológica do site, “como ocorre nos sites dos bancos”, compara Varella.

Uma enquete realizada com internautas, por meio do site do Idec logo após a conclusão da pesquisa revelou outro dado preocupante. Desta vez, sobre o comportamento do usuário brasileiro nas redes. A maioria não conhece as regras do jogo: 84% dos cerca de 500 participantes da enquete disseram não ter lido os termos de privacidade dos sites de que participam.

— Por uma questão cultural, o brasileiro não liga muito para a privacidade nas redes. Ele só se dá conta quando é vítima de algum incidente. Quando, por exemplo, uma foto pessoal dele vazar na internet. Já soube de sequestros planejados a partir de informações coletadas pelos criminosos nos perfis das vítimas. A própria polícia confirmou isso. As pessoas devem evitar expor sua vida para o mundo — diz Fabio Assolini, analista da Kaspersky Lab, empresa de segurança na web.

As medidas de precaução não foram suficientes para evitar que o produtor cultural Ricardo Ferreira tivesse sua conta no Facebook invadida por um hacker. Há um mês, ele foi obrigado a desativar o perfil onde mantinha quase mil contatos:

— Havia amigos e muitos contatos profissionais. Com a nova conta, ainda não consegui encontrar nem a metade, estou apenas com uns 300. Tive prejuízo. O mais estranho é que sempre fui muito cuidadoso, troco as senhas com frequência. Quando percebi que estava sem controle sobre a página, que ficou lotada de anúncios, recorri às recomendações do Facebook, mas não deu certo. Tive que desativar a conta e levei três dias para conseguir.

De acordo com o advogado do Idec, Guilherme Varella, em um caso como esse, o consumidor poderia até recorrer à Justiça para buscar ressarcimento por danos morais, já que teve prejuízos profissionais. Mas, para Fabio Assolini, quem não concordar com as condições impostas pelas empresas, não deve participar de redes sociais:

— O usuário deve saber que suas informações são negociadas. Esse é o modelo de negócio das redes sociais no mundo todo. Você é o produto. A rede é um meio de comunicação muito importante, mas é preciso usar com responsabilidade. A primeira regra é fechar o perfil, permitindo que apenas pessoas conhecidas tenham acesso a suas informações. Mas isso não basta se a pessoa compartilhar dados ou imagens sobre locais que frequenta, onde mora, estuda ou trabalha. Não temos controle sobre o compartilhamento na rede.

Segundo o Idec, o resultado do levantamento foi enviado às três empresas, mas nenhuma respondeu. A reportagem também procurou as empresas, que optaram por não comentar.

sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

Investimento em publicidade on-line vai superar jornais e revistas juntos até 2015


O Investimento com publicidade on-line no planeta deve superar o montante investido em jornais já no próximo ano (US$ 101,5 bilhões vs US$ 93,2 bilhões), segundo uma estimativa divulgada pela ZenithOptimedia, em dezembro de 2012.  A previsão também sugere que, até o ano de 2015, o total investido em propaganda na internet deve ultrapassar os jornais e revistas somados (US$ 132.400 bilhões contra US$ 131,7 bilhões), ficando atrás somente da TV (40%).
Entre todas as mídias, os jornais devem apresentar a maior queda de receita até 2015, declinando de US$ 96,7 bilhões registrados em 2011 para US$ 90,1 bilhões em 2015. Isto representa queda de participação de 20,3% para 15,9% no mercado de propaganda global.
Já os investimentos em revistas, também declinarão nos próximos anos, recuando de US$ 45 bilhões apurados em 2011 para US$ 41,6 bilhões em 2015. Neste sentido, o market share desta mídia deve diminuir de 9,4% para 7,3% neste intervalo de tempo.
Enquanto isso, a verba alocada em publicidade online deve saltar de US$ 76,9 bilhões (em 2011) para US$ 132,4 bilhões (em 2015), aumentando sua participação de 16,1% para 23,4%.
O estudo também mostra que os EUA deve se manter como o maior mercado de propaganda global, tanto em 2011 (US$ 160,8 bilhões) como em 2015 (US$ 182 bilhões). Já o Brasil, deve superar o Reino Unido e se tornar o 5° maior mercado de anúncios mundial

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Publicidade pelo Pinterest funciona melhor que pelo Facebook


Por Vinicius Karasinski em 5 de Dezembro de 2012
Publicidade pelo Pinterest funciona melhor que pelo Facebook(Fonte da imagem: Reprodução/Venture Beat)
Pinfluencer é uma plataforma de marketing para o Pinterest. Recentemente, ela divulgou um relatório impressionante: 50 marcas, incluindo Gilt, Martha Stewart e Shape Magazine, lançaram promoções através da sua plataforma em outubro deste ano e conseguiram ampliar a taxa de adesão de novos seguidores para 156%, ao mesmo tempo em que o número de “pins” por dia subiu 125%.
Enquanto isso, o Facebook vem se atrapalhando com a publicidade e perdendo anunciantes de peso, como foi o caso da GM no início do ano, que abandonou a plataforma por acreditar que o investimento era muito alto em troca do retorno limitado oferecido pela rede social.

Quatro formas de destacar os produtos

Segundo Sharad Verma, chefe-executivo do Pinfluencer, existem quatro tipos de promoções possíveis dentro da sua plataforma: a primeira é chamando os usuários para vir até o seu site e “pinar” produtos que eles tenham gostado; a segunda é criando quadros e adicionando “pins”, pedindo aos usuários que reorganizem o conteúdo; a terceira é fazendo uma caça ao tesouro; e a quarta é lançando promoções diárias para os usuários que “pinarem” os seus conteúdos.
Ainda de acordo com Verma, essas ferramentas, quando utilizadas adequadamente, ajudam a pulverizar mais os produtos das empresas, sem forçar os usuários a nada. Com isso, os itens ganham mais visibilidade e, consequentemente, mais vendas.

O Facebook não ficou de fora da plataforma

Para as marcas que já investiram pesado em publicidade no Facebook e não querem abrir mão de suas campanhas e “curtidas”, é possível combinar a plataforma do Pinfluencer com a rede social: “É possível lançar promoções no Facebook através de uma aba dentro do Pinfluencer e transformar os fãs em ávidos usuários do Pinterest”, disse Verma.


As 10 coisas mais irritantes nos PCs, gadgets e acessórios

Teclados fora do padrão e carregadores que ocupam espaço demais no filtro de linha. Estes e outros pecados cometidos pelos fabricantes deixam qualquer um louco!
Um design industrial ruim pode, sozinho, acabar com o que de outra forma seria uma boa experiência com um produto. Seja resultado de pecados capitais como a preguiça ou a ganância, desrespeito aos usuários ou simples estupidez, isso pode me deixar tão furioso quando o Incrível Hulk.
Esta é a minha lista dos “10 piores” pecados que os fabricantes cometem em seus produtos, sejam PCs, gadgets ou acessórios. Acredito que muitos deles também irritam boa parte dos usuários. Aproveite os comentários no fim da matéria para descarregar a raiva, compartilhando os “recursos” que você odeia.
10. Amarrilhos que não podem ser reutilizados. Antigamente eles eram pedaços de fio metálico revestido com plástico, usados para amarrar cabos e fechar embalagens. Mas hoje em dia muitas empresas os substituíram por tiras de plástico que são incrivelmente difíceis de remover do cabo ao qual estão enroladas e que depois disso não podem ser endireitadas e reutilizadas, ou seja, são praticamente inúteis.
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O amarrilho da esquerda pode ser reutilizado, o da direita não. Que raiva!
9. Cabos Ethernet que não tem identificação quanto ao seu tipo, seja CAT5, CAT5e ou CAT6. Estas categorias existem por um motivo! Você precisa de pelo menos um cabo CAT5e em uma rede Gigabit Ethernet, enquanto o CAT6 é melhor para reduzir o “crosstalk” (sinais elétricos de um fio interferindo em um fio adjacente) e pode suportar larguras de banda de até 10 Gigabits por segundo. E é compatível com estruturas projetadas para cabos CAT5 e CAT5e.
8. Aparelhos com acabamento “brilhante” (o infame “Black Piano”) que mostra qualquer marca de dedo ou grãozinho de poeira e que se arranha facilmente quando você tenta limpar. Isto é especialmente irritante em equipamentos que são manuseados com frequência e feitos para ficar na horizontal. Vi esse tipo de acabamento frágil em tudo, de roteadores a alto-falantes e PCs “All in One” com telas sensíveis ao toque. Nota aos fabricantes: se vocês precisam enrolar seus produtos em metros de filme plástico para protegê-los da própria caixa onde são embalados, estão usando o material errado!
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Dedos, dedos, marcas de dedos por toda parte!
7. Botões localizados bem na borda de um notebook, monitor, tablet ou outro aparelho, e que você acaba apertando sem querer sempre que quer mover o equipamento. Os drives ópticos em boa parte dos notebooks são um exemplo típico: você quer tirar a máquina da mesa e.. PLEC! o drive abre porque você esbarrou num botão. Talvez os fabricantes de PCs tenham de seguir o exemplo da Apple, e transformar o botão para abrir a bandeja do drive em uma tecla no teclado.
6. Teclados de notebook com barras de espaço que se movem tanto quando pressionadas que seus dedos acabam esbarrando dolorosamente contra a borda do gabinete.
5. Portas e drives ópticos que são difíceis de acessar, seja porque estão fora do alcance, parcialmente bloqueadas ou cobertas por uma frágil tampa de plástico que fica no caminho sempre que você tem que plugar um cabo (e que eventualmente se quebra, deixando as portas que deveria proteger descobertas).
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Todas as portas na traseira do notebook? Mais irritante impossível!
4. Carregadores e fontes de alimentação que não tem sequer o nome da empresa que produziu o aparelho que devem alimentar. Cheguei ao ponto de escrever o nome do produto em pedaços de fita adesiva e colá-los aos carregadores para evitar confusão. Feio? Como o cão, mas é melhor do que tentar adivinhar e destruir o aparelho conectando o carregador ou fonte errados.
3. Desktops, notebooks e tablets cheios daqueles adesivos difíceis de remover, com os logos do fabricante ou do sistema operacional. Estes “selinhos” geralmente não fazem nada para comunicar as características do produto para o consumidor e acabam deixando-o com a cara de um carro de corrida cheio de patrocinadores.
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Isso é um PC ou um carro de corrida?
2. Teclados com um layout fora do padrão. Há um bom motivo para eu ter feito aulas de datilografia. Se o seu design “melhorado” e “ergonômico” me força a parar e olhar para o teclado para procurar uma coisa tão simples quanto um sinal de pontuação, isso significa que você fracassou.
1. Por essa você já esperava: carregadores e adaptadores que ocupam mais de um espaço no filtro de linha. Veja o exemplo abaixo: só consegui plugar três adaptadores em um filtro com sete tomadas, ou seja, perdi mais de 50% delas! Se eles fossem estreitos e altos, como o da extrema direita, o problema não existiria. Na verdade, nem ele é perfeito: serial ideal se a porta USB ficasse no topo, em vez de na lateral.
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O desperdício de espaço em forma de hardware

Fonte: pcword