segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Funcionário revela cartilha para censores do Facebook

Para o Facebook, censurar conteúdo para evitar pornografia, violência, racismo e ciberbullying, dentre outras coisas, é importante para que a rede se mantenha segura e limpa para continuar atraindo usuários e anunciantes. Esse trabalho é feito por um pequeno exército de moderadores, que trabalham por cerca de US$ 1 por hora.

Nicholas Kamm/France Presse

Página inicial do Facebook

Página inicial do Facebook

O site "Gawker" falou com um desses soldados: Amine Derkaoui, um marroquino de 21 anos. Derkaoui forneceu ao site uma cópia da cartilha de 17 páginas que o Facebook dá para os moderadores de conteúdo. O documento é basicamente um guia para que os funcionários saibam como utilizar a ferramenta para visualizar o fluxo de postagens denunciadas por usuários e o que fazer para levá-las ou não em consideração.

"Pense que é como um canal de esgoto e toda a bagunça, sujeira, resíduo e merda do fluxo é direcionada para você, e você tem que limpá-lo", disse um moderador ao "Gawker", durante conversa no Skype.

Censurar conteúdo não é fácil; em abril do ano passado, a rede foi acusada de homofobia por excluir um beijo gay. Meses antes, a remoção de um desenho nu provocou a ira do mundo da arte. Há ainda outro problema: as políticas

O "Gawker" selecionou algumas orientações do manual sobre tipos de conteúdo que podem ser sumariamente deletados:

  • Imagem clara de órgãos sexuais, mesmo que sob roupas;
  • Mães que amamentam sem roupa;
  • Brinquedos sexuais ou outros objetos, mas apenas no contexto da atividade sexual;
  • Representação de fetiches sexuais de qualquer forma;
  • Qualquer montagem feita no photoshop que envolva pessoas;
  • Imagens de pessoas bêbadas e inconscientes, ou pessoas dormindo com desenhos no rosto;
  • Discurso violento, como por exemplo, "eu adoro ouvir crânios racharem".

No capítulo sobre conteúdo de ódio, o manual orienta expressamente a banir fotos que comparam pessoas lado a lado --o irônico é que era exatamente o que fazia o FaceMesh, site de Mark Zuckerberg anterior ao Facebook.

O documento completo pode ser encontrado para consulta no Scribd, (em inglês).

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