Bastou Aécio Neves sair da mudez em que se encontrava no Senado para que sua gestão à frente do Governo de Minas ganhasse as páginas da imprensa nacional.
O assunto está na “Folha de S. Paulo” que cita denúncia de Rogério Correia contra a Cidade Administrativa, cuja íntegra segue abaixo.
O alvo é a obra considerada a menina dos olhos do Governo Aécio: a Cidade Administrativa de Minas Gerais, investimento bilionário erguido a partir de projeto de Oscar Niemeyer. Entre o bloco de oposição em Minas, a sede do Governo do Estado foi apelidada como “a nova Brasilinha”.
O “líder da oposição de Dilma” que se cuide. Uma coisa é a imprensa de Minas (Estado de Minas, Hoje em Dia, O Tempo,,,); outra, é a nacional. Foi só ele pregar um “choque de realidade” para o Brasil, em discurso no Senado. Rapidamente, trataram de começar a desmanchar o Brasil cor-de-rosa a partir de Minas Gerais.
A Cidade Administrativa, a sede do governo de Minas Gerais, construída por Aécio Neves (PSDB) completou um ano no mês passado já submetida a reformas.
Foi inaugurado pelo tucano em 4 de março de 2010, menos de um mês antes de ele deixar o cargo para disputar o Senado. O local recebe o nome de Tancredo Neves (1910-1985), avô de Aécio.
Os 13.500 servidores que trabalham no complexo ainda convivem com os operários e com máquinas pesadas que continuam no local.
O piso do prédio onde despacha o governador Antonio Anastasia (PSDB) tem rachaduras e passa por reforma, obrigando quem circula por lá a desviar pela grama.
Nos outros prédios, o piso também apresenta defeitos. Há ainda várias interrupções nas calçadas do complexo devido a obras. Entulhos e pilhas de materiais de construção estão por todo lado.As rachaduras são foco de uma das quatro investigações do Ministério Público sobre a Cidade Administrativa. A Promotoria apura se foi usado material de qualidade inferior ao previsto.
Outra investigação apura se os preços pagos na obra foram superiores aos do mercado, indicando superfaturamento. O inquérito aponta irregularidades no edital, como restrições excessivas que reduziriam a concorrência.A Promotoria também investiga a denúncia de um empresário que foi inabilitado após vencer uma licitação de restaurante no complexo.
Ele diz que a empresa que ficou com a concessão tinha acerto com outra para lotear espaços do governo mineiro. A investigação apura se houve participação do Estado no eventual esquema.
Uma quarta investigação analisa, entre outras supostas irregularidades, a compra de móveis idênticos com preços diferentes.
A previsão era ter 16.500 pessoas no local até outubro de 2010, mas o governo tucano agora só promete atingir esse total em junho.Com isso, o governo prorrogou até o fim deste semestre a redução de jornada de trabalho para seis horas por dia, criada para facilitar a adaptação ao local, que fica a 20 km do centro de BH. Informações: Folha de São Paulo
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