segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011
Um GIro pelos Números e Curiosidades.
4,5 Metros é a altura de uma cerca de concreto e arame farpado construída pela China em suas fronteiras com a Coreia do NOrte, a fim de inibir a entrada de coreanos.
5 Metros de altura tem o muro de metal constuído pelos Estados Unidos em um terço de sua fronteira com o México.
6 Metros de altura e 8,2 quilomeros de comprimento têm as cercas que isolam a cidade espanhola de Ceuta, incrustada no Marrocos, para evitar a entrada de africanos na Europa.
8 Metros de altura e 707 quilometros de extensão terá o muro projetado por Israel para isolar a Cisjordânia. ela será protegido pora valas e arames farpados.
Manifesto em defesa da banda larga
Reproduzo manifesto assinado por várias entidades:
Banda Larga é um direito seu!
Uma ação pela internet barata, de qualidade e para todos
Banda Larga é direito de todas e todos, independentemente de sua localização ou condição sócio-econômica. O acesso à internet é essencial porque permite o mergulho na rede que integra diferentes modalidades de serviços e conteúdos, funcionando como um espaço de convergência de distintas perspectivas sociais, culturais, políticas e econômicas. Elemento central na sociedade da informação, a inclusão digital, entendida de forma ampla, é condição para a concretização de direitos fundamentais como a comunicação e a cultura e se coloca como passo necessário à efetiva inclusão social, já que ela é essencial para o desenvolvimento econômico do país. A internet incrementa a produtividade e gera riquezas, sendo fator de distribuição de renda e de redução de desigualdades regionais.
Nós, organizações da sociedade civil e ativistas envolvidos no debate da democratização da comunicação e da produção colaborativa da cultura, reconhecemos a relevância das metas e políticas presentes no Plano Nacional de Banda Larga, sendo imprescindível, contudo, avançar. A proposta dessa campanha é funcionar como uma vigília permanente para que as políticas públicas sobre banda larga estejam pautadas no interesse público. Com base no acúmulo conquistado nas Conferências Nacionais de Comunicação e Cultura, no Fórum da Cultura Digital Brasileira e nas articulações relativas à constituição do Marco Civil da Internet e à reforma da Lei de Direitos Autorais, apresentamos as seguintes propostas guia e suas ações:
1. EFETIVA PARTICIPAÇÃO DA SOCIEDADE CIVIL NO PROCESSO DE INCLUSÃO DIGITAL
Rever a participação da sociedade civil no Fórum Brasil Conectado, ampliando a sua representação e democratizando seu processo de escolha;
Convocar, em conjunto com entidades da sociedade civil, um Fórum Participativo de Acompanhamento do Plano Nacional de Banda Larga, criando canais legítimos e públicos de consulta mútua que permitam a efetiva participação da sociedade nos processos decisórios do Plano;
Criar mecanismos públicos de consulta que contemplem a convergência de mídias e redes sociais buscando de todas as formas a tradução do debate para toda população.
2. PRESTAÇÃO DA BANDA LARGA SOB REGIME PÚBLICO
Reconhecer o caráter essencial da banda larga, definindo-o como serviço público, sujeito a metas de universalização, controle de tarifas garantindo seu baixo valor, obrigações de continuidade voltadas à sua prestação ininterrupta e garantia da prevalência do interesse público na utilização da infraestrutura necessária ao serviço;
Integrar ações das esferas Federal, Estadual e Municipal para universalização da Internet dabanda larga, possibilitando o acesso de qualquer pessoa ou instituição ao serviço e otimização do uso da infraestrutura, inclusive por meio da reserva de espaço eletromagnético livre de licenças para aplicações comunitárias;
Regular a utilização do espectro livre, permitindo a sua utilização por cidadãos e comunidades.
3. GESTÃO PÚBLICA DAS REDES PARA GARANTIR A IGUALDADE ENTRE PROVEDORES E O INGRESSO SUSTENTÁVEL DE NOVOS AGENTES
Implementar mecanismos de controle público da gestão das redes, garantindo o acesso não discriminatório e competitivo à infraestrutura;
Utilizar a Rede Nacional na geração de maior competição a partir da entrada de pequenos e médios provedores, bem como efetivar políticas de incentivo e financiamento possibilitando a sustentabilidade dos mesmos;
Democratizar as licenças para prestação do serviço de banda larga fixa (Serviço de Comunicação Multimídia) no âmbito do PNBL, permitindo que qualquer organização, inclusive as sem fins lucrativos, possa recebê-las;
Efetivar a prestação do serviço ao usuário final pela Telebrás;
Incentivar o uso de tecnologias diversificadas para distribuição da última milha (wi fi, wi max, eletricidade, redes mesh, incorporando novas tecnologias que surjam ao longo do tempo);
Fortalecer instrumentos de regulação e fiscalização com independência em relação ao mercado, participação social e atuação rápida e eficaz, não só com relação à competição, mas também quanto à qualidade do serviço. Estes instrumentos devem atuar sobre todo o sistema, incluindo a Telebrás, grandes e pequenos provedores privados;
4. AMPLIAÇÃO DA DEFINIÇÃO DE PARÂMETROS DE QUALIDADE DA BANDA LARGA
Delimitar as condições de prestação adequada do serviço por meio de critérios objetivos que visem à efetiva proteção do consumidor e a utilização das redes em toda a sua potencialidade;
Assegurar o atendimento adequado ao consumidor e a não abusividade na publicidade e nos contratos, com especial atenção ao cumprimento do dever de informação;
Garantir a paridade de banda para download e upload, imprescindível para o uso multimídia alternativo, fiscalizando o cumprimento das taxas de transmissão contratadas e disponibilizando meios tecnológicos para verificação deste cumprimento pelo próprio usuário;
Definir a proteção à privacidade e à liberdade de expressão e de acesso a conteúdos como parâmetros de qualidade do serviço, em consonância às previsões do Marco Civil da Internet e à discussão do anteprojeto de lei de proteção de dados;
Assegurar a neutralidade da rede, propiciando o acesso igualitário a serviços, aplicativos e informações a todas e todos ao impedir interferências discriminatórias das operadoras na velocidade de navegação;
Implantar no PNBL velocidades de download e upload compatíveis com os conteúdos e aplicações disponíveis na rede, que realmente possibilitem o cidadão ser um agente do processo de produção da cultura digital.
5. APOIO À CULTURA DIGITAL
Estimular a Cultura Digital, Software Livre, Transparência e Princípios da construção colaborativa de conteúdos (ex: wiki);
Promover o uso da rede para produção, compartilhamento e distribuição de conteúdos, por meio de políticas públicas para produção de conteúdos culturais, científicos e educacionais, bem como o apoio a licenciamentos livres e à reforma da Lei de Direito Autoral;
Definir políticas concretas de fomento e desenvolvimento da indústria de inovação cutural e aplicações web baseadas em conteúdos culturais;
Estimular entidades e iniciativas voltadas à Alfabetização Digital, incluindo escolas de todos os níveis, Lan Houses e Programas de Inclusão dos governos e sociedade civil, possibilitando a apropriação e qualificação do uso da rede;
Criar espaços de acesso público e comunitário gratuito inclusive através de redes abertas (WI FI);
Incentivar a integração de acessos comunitários de ações do governo (telecentros, pontos de Cultura, acessos abertos por redes sem fio municipais) com a sociedade civil, englobando um conjunto de iniciativas públicas do Terceiro Setor na área de Cultura Digital e iniciativa privada.
As instituições envolvidas nessa iniciativa são:
ABCCom – Associação Brasileira de Canais Comunitários
ABRAÇO – Associação Nacional das Rádios Comunitárias
AMARC Brasil – Associação Mundial de Rádios Comunitárias
ANEATE – Associação Nacional das Entidades de Artistas e Técnicos em Espetáculos de Diversão
Casa de Cultura Digital
Campanha Quem Financia a Baixaria é Contra a Cidadania
Centro de Estudos da Mídia Alternativa “Barão de Itararé
CFP – Conselho Federal de Psicologia
COJIRA – Comissão de Jornalistas pela Igualdade Racial (DF, RJ, BA, AL, PB e SP)
Coletivo Digital
CTB – Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil
CUT – Central Única dos Trabalhadores
Federação dos Bancários da Bahia e Sergipe
FENAJ – Federação Nacional dos Jornalistas
FITERT – Federação Interestadual dos Trabalhadores em Empresas de Radiodifusão e Televisão
FITTEL – Federação Interestadual dos Trabalhadores em Telecomunicações
FNECDC – Fórum Nacional das Entidades Civis de Defesa dos Consumidor
FNDC – Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação
Idec – Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor
Instituto Bem Estar Brasil
Instituto Geledés
Gpopai – Grupo de Pesquisa em Políticas Públicas para o Acesso à Informação
Instituto NUPEF – Núcleo de Pesquisas, Estudos e Formação
Instituto Patrícia Galvão
Intervozes – Coletivo Brasil de Comunicação Social
Laboratório Brasileiro de Cultura Digital
MPB – Movimento Música pra Baixar
Movimento Fora do Eixo
MNU – Movimento Negro Unificado
Núcleo de Jornalistas Afrodescendentes (RS)
SinTPq – Sindicato dos Trabalhadores em Pesquisa, Ciência e Tecnologia de Campinas e Região
LBL – Liga Brasileira de Lésbicas
PROTESTE – Associação Brasileira de Defesa do Consumidor
SINTTEL- Sindicato dos Trabalhadores em Telecomunicações do Piauí
Sindicato dos Bancários da Bahia
UBM – União Brasileira de Mulheres
domingo, 27 de fevereiro de 2011
PT rumo ao centro; e oposição na UTI
Dias atrás, escrevi um modesto balanço, centrado nas ações econômicas de Dilma nos primeiros dias de governo.
Agora, faço um balanço político.
Os sinais evidentes emitidos por Dilma são de um governo que ruma para o centro. Isso já estava desenhado desde a campanha eleitoral de 2010. Lula havia feito movimento semelhante, ao escolher José Alencar para vice e ao lançar a “Carta aos Brasileiros”, em 2002. Mas o movimento de Lula rumo à centro-esquerda não tinha nitidez institucional. Ele se aproximou de personagens avulsos no mundo empresarial (além de Alencar, Gerdau e Diniz), e não fechou aliança formal com PMDB, mas apenas com pequenos partidos conservadores: PL (depois PR), PTB e PP. Fora isso, Lula manteve-se firme (fora da cartilha liberal) na relação com movimentos sociais e na política internacional – além de ter adotado ações econômicas keynesianas (para irritação dos economistas e colunistas atucanados) no segundo mandato.
O movimento de Dilma é mais claro, mais institucional. Michel Temer na vice. PMDB na aliança formal. Isso tudo já estava desenhado. O início de governo aprofundou esse movimento. Ao adotar, agora, prática econômica apoiada pelos liberais, Dilma capturou a simpatia (real? duradoura?) de setores da mídia que estiveram fechados com Serra durante a campanha. Faz o mesmo em relação à política internacional (menos “terceiro-mundista” do que Lula, como comemora a “Folha” em editorial nessa sexta-feira). E já há sinais de que o governo pode abandonar a proximidade estratégica que mantinha com movimentos como o MST (sinais que vêm de dentro do INCRA, por exemplo – a conferir).
É um movimento claro: Lula já ocupara a esquerda e a centro-esquerda; agora, o projeto petista expande-se alguns graus mais – rumo ao centro!
Isso sufoca a direita e a oposição. E aí chegamos a outro ponto importante. Não é à toa que Kassab movimenta-se para romper com o demo-tucanismo e aderir ao lulismo. Kassab sente-se sufocado e percebe que pode perder suas bases conservadoras para o lulismo. O melhor, talvez, seja juntar-se a esse impressionante movimento político (o lulo-petismo) que – nascido na esquerda - capturou a centro-esquerda e agora se expande rumo ao centro.
Vejam o tamanho da hecatombe vivida pela oposição. Katia Abreu, a chefe ruralista, deve seguir os passos de Kassab, rompendo com o condomínio PSDB/DEM. Katia deu entrevista à “Folha”, avisando: “a oposição está na UTI”. Kassab vai levar com ele quase duas dezenas de deputados federais do DEM, 3 ou 4 do PPS e mais alguns tucanos desgarrados. A oposição vai minguar. Essa gente toda deve-se acomodar num “novo” partido, mas o projeto final é terminar no PSB de Eduardo Campos (partido que desde 1989 integra a base lulista).
Esse movimento de ocupação do centro pelo lulismo é fruto, também, dos erros de Serra durante a campanha de 2010. Muita gente avalia que a votação expressiva (de 44 milhões de votos no segundo turno) signficou uma meia-derrota para o paulista da Mooca. Do ponto de vista numérico e eleitoral, isso é verdade. Mas a derrota política de Serra foi acachapante.
Vejamos. Serra abriu mão de defender o programa liberal e privatizante do PSDB, e escondeu o ex-presidente FHC. Depois, tentou-se mostrar como o “verdadeiro” herdeiro de Lula, ajudando assim a legitimar o lulismo. Na reta final, de forma errática, aderiu a um discurso conservador amalucado, trazendo temas morais como aborto para o centro do debate (pra isso, apoiou-se nas tropas de choque monarquistas, na turma da TFP e da Opus Dei).
Serra fez, portanto, um duplo tuiste carpado rumo ao precipício: primeiro, legitimou o lulismo; depois, afundou-se rumo à direita. Achou que podia ganhar assim. E, de fato, ficou perto de ganhar (dados os erros da campanha pouco politizada de Dilma). Mas, no fim, a “meia derrota” eleitoral significou “derrota e meia” política.
Restou a Serra (e a parte do tucanismo) brigar para liderar a direita no Brasil. Aécio quer o PSDB no centro. E Kassab quer ser, ele mesmo, o novo centro.
Lula e Dilma sabem que é mais fácil enfrentar os tucanos desde que eles se mantenham na direita. Por isso, Dilma ocupa o centro. Certamente, com aval de Lula.
Nassif acaba de escrever um artigo excelente, tratando exatamente desse tema:
“Primeiro, não há a menor possibilidade de apostar em um rompimento dela com Lula. Ambos são suficientemente maduros e espertos para não embarcarem nessa falsa competição.
A sensação que passa é de uma estratégia combinada, na qual caberia a Lula manter a influência sobre movimentos populares, sindicalismo e PT; e a Dilma aproximar-se e desarmar os setores empresários e políticos mais refratários ao lulismo-dilmismo.
Do ponto de vista de estratégia política, conseguiram fechar o melhor dos mundos: o antilulismo está sendo carreado pela velha mídia para um pró-dilmismo, resultando um xeque- mate: se o governo Dilma for bem sucedido, ela é reeleita; se for mal sucedido, Lula volta.” (L. Nassif)
Lula e Dilma jogam de tabelinha. Ele mantém apoio forte entre a “esquerda tradicional”, e também entre sindicalistas e movimentos sociais, além do povão deserdado que vê em Lula um novo “pai dos pobres”. Ela joga para a classe média urbana e pragmática que – em parte – preferiu Marina no primeiro turno de 2010.
Dilma, com essas ações, deixa muita gente confusa e irritada na esquerda. Mas reconheça-se: é estratégia inteligente.
Qual o risco disso tudo?
O risco é embaralhar a política e apagar as diferenças. Relembremos o que ocorreu no Chile, ao fim do governo Bachelet. Ela tinha claro compromisso com direitos humanos, com a civilidade e com os valores tradicionais da esquerda… Mas na política e na gestão da economia no dia-a-dia, o governo da “Concertación” (coalizão de centro-esquerda que governou o Chile desde a queda de Pinochet) assumiu o programa liberal da direita. Embaralhou-se tudo. Bachelet saiu do governo bem avaliada, mas não fez o sucessor (até porque o candidato dela, Frei, tinha imagem envelhecida e desgastada). Se não há mesmo diferença, pra que votar na “Concertación” de novo? Foi o que levou o eleitorado chileno a escolher Pinera – um megaempresário ligado à Opus Dei e a setores pinochetistas.
Pinera é um Berlusconi sem os arroubos sexuais do italiano. Paulo Henrique Amorim costuma dizer que, sem politização, a classe “C” de Lula vai eleger um Berlusconi em 2014. O Chile já fez isso: escolheu Pinera.
A tática de Dilma e Lula, de ocupar amplo espectro (da esquerda ao centro), parece inteligente. Mas ao embaralhar o jogo, permite que a direita faça o mesmo e caminhe para o centro. Desfeitas as fronteiras (Kassab no PSB seria o sinal derradeiro desse movimento), abre-se a incerteza no horizonte, rumo a 2014.
O petismo conta com Pelé no banco. Se o quadro ficar confuso, chama-se Lula. Arriscado. Mas esse parece ser o jogo. Gostemos ou não.
sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011
Orlando Silva diz que desvio de recurso ou de conduta no programa Segundo Tempo será punido
Lúcia Nórcio - Repórter da Agência Brasil
Curitiba – O ministro do Esporte, Orlando Silva Junior, disse hoje (25), em Curitiba, que todas as denúncias de irregularidades na gestão do programa Segundo Tempo estão sendo apuradas e, caso sejam identificados desvios de recursos ou de conduta, os responsáveis serão punidos.
“Temos um prazo de 15 dias para concluir a sindicância que está sendo realizada no ministério e, a partir do que for preliminarmente levantado, estudaremos medidas para um melhor funcionamento desse programa, importante para os jovens e as crianças brasileiras”.
Segundo o ministro, “90% dos convênios relativos ao Segundo Tempo são [estabelecidos] entre governos estaduais e prefeituras, as entidades particulares correspondem a pouco mais de 10%”. Para ele, é “obrigação de todo gestor público ofertar todas as informações que forem solicitadas para esclarecer a sociedade sobre a utilização de recursos públicos”.
Em entrevista coletiva no Palácio Iguaçu, sede do governo do Paraná, o ministro rebateu críticas feitas pelo jornal O Estado de S. Paulo de que dobraram, em 2010, ano de eleições, os recursos do programa Segundo Tempo repassados a entidades e organizações não governamentais.
“De 2003 até 2010, ano após ano, registramos o crescimento de investimentos no esporte. Felizmente, tivemos essa ampliação no governo do presidente Lula”, afirmou o ministro. Ele acrescentou que, nesse período, nunca foi feita qualquer seleção política de entidade, prefeitura ou governo. “O que importa são as parcerias e boas aplicações dos recursos em programas esportivos”.
Criado no início do governo Lula, o Segundo Tempo tem por objetivo aumentar o acesso de crianças de comunidades carentes à prática do esporte, por meio de projetos desenvolvidos em parceria com prefeituras, governos estaduais ou organizações não governamentais.
O ministro Orlando Silva, o governador do Paraná , Beto Richa, e o prefeito de Curitiba, Luciano Ducci, reuniram-se hoje para discutir os preparativos da cidade para a Copa do Mundo de 2014. Orlando Silva recebeu informações sobre o cronograma das obras e as soluções para a reforma da Arena da Baixada, estádio que receberá os jogos da Copa na capital paranaense.
1º de Maio reúne 5 centrais e é o mais representativo em 30 anos
Com a participação de todos os movimentos sociais e de cinco das seis centrais sindicais – CTB, Força, UGT, Nova Central e CGTB –, o 1º de Maio Unificado de 2011 deve ser a mais ampla e representativa celebração do Dia do Trabalhador nos últimos 30 anos. Desde o histórico 1º de Maio de 1981, em São Bernardo do Campo (SP), uma comemoração da data não reunia um conjunto tão diversificado de forças e tendências do movimento.
A programação deste ano ocorre na Avenida Marquês de São Vicente, na zona oeste de São Paulo (SP), e tem como eixo o lema “Desenvolvimento com justiça social”. As centrais deliberaram nove bandeiras de lutas, como a redução da jornada de trabalho sem redução de salários, o fim do fator previdenciário, a política de valorização do salário mínimo e o trabalho decenteA logomarca oficial do 1º de Maio Unificado não contará com o nome das centrais, de modo que cada estado possa adaptá-la, de acordo com as adesões. Segundo as entidades, a orientação é para que as comemorações nos estados trabalhem o mesmo eixo, de maneira preferencialmente unificada, sem prejuízo dos pleitos e das realidades regionais.
“Reunir cinco centrais num 1º de Maio é um grande feito para os trabalhadores”, analisa o presidente da CTB, Wagner Gomes. “Estamos dando um passo importante para reafirmar essa unidade de ação das centrais. Esse 1º de Maio Unificado era uma vontade histórica do movimento sindical”, agrega o presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva, o Paulino.
A ideia de centralizar as comemorações do Dia do Trabalhador ganhou força com a unidade do movimento sindical, que começou a se desenhar em 2006, quando a Força deixou a oposição ao governo Lula. Desde então, as centrais promoveram, em conjunto, três bem-sucedidas Marchas do Salário Mínimo em Brasília (2007, 2008 e 2009).
O auge da articulação se deu em 2010, com a mobilização de 30 mil lideranças sindicais na 2ª Conclat (Conferência Nacional da Classe Trabalhadora), em 1º de junho, no Estádio do Pacaembu. O encontro aprovou a Agenda da Classe Trabalhadora, com 249 reivindicações, debatidas ao longo de seis meses e apresentadas à então candidata a presidente Dilma Rousseff.
A ausência da CUT
A CUT, embora tenha participado de todas essas atividades em comum, é a única central ausente do 1º de Maio Unificado. Às demais entidades, alegou que já tinha iniciado os preparativos para seu próprio 1º de Maio. Na data, vai promover um evento temático, batizado de “Brasil&África”.
Nos bastidores, circulam outras versões. “A ideia da central é sair do pacote ‘os sindicalistas’ e recuperar o espaço que perdeu no governo Lula. Além disso, se aceitasse participar do evento, seria a primeira vez, em 28 anos de história, que não organizaria o seu próprio evento”, registrou a jornalista Thais Arbex, no site Poder Online, do iG.
Na opinião de Paulinho, a CUT vive “uma guerra interna” e jamais aceitará participar de um 1º de Maio Unificado enquanto não resolver “os típicos problemas que ela trouxe do PT, com seus grupos e suas tendências”. A seu ver, essa divisão deixa o presidente cutista, Artur Henrique, com “pouca margem de manobra” para avançar. “A CUT quer fazer as coisas dela, aparecer sozinha. Eles achavam que o movimento sindical era todo deles e talvez tenham a avaliação de que perderam com a legalização das centrais.”
Já Wagner Gomes faz um apelo aos “companheiros da CUT”, já de olho no Dia do Trabalhador do próximo ano. “Nossa intenção era que as seis centrais participassem do 1º de Maio Unificado, mas, lamentavelmente, uma força tão importante como CUT preferiu ficar de fora. Esperamos que eles façam um esforço e estejam junto conosco em 2012.”
De São Paulo,
André Cintra
quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011
quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011
Anúncio do aumento da tarifa do lotação em Moc causa reclamação
O anúncio do aumento no valor da passagem do transporte coletivo urbano de R$ 1,90 para R$ 2,40 como repercutido em matérias de O Norte da semana passada não soou bem para quem depende deste tipo de transporte para se dirigir a escolas, faculdades, trabalho ou resolver alguma pendência no centro da cidade.
O aposentado José Pereira dos Santos, morador no bairro Jardim São Geraldo, apesar de não pagar passagem, afirma que este valor está fora da realidade econômica da maioria das pessoas que utilizam este meio de transporte. Cita como exemplo, estudantes e trabalhadores, a sua maioria que ganha apenas um salário mínimo para sustentar a família.
- Quem tem que pegar até quatro lotações por dia, como fica situação deste usuário? Acho um absurdo aumentar a lotação para R$ 2,40. Já que o aumento deve acontecer, que seja para R$ 2. Valor maior que este é abuso - desabafa.
O autônomo Lourival Martins, morador no bairro Doutor João Alves, lembra que o salário mínimo, mesmo passando para R$ 545, não supre as necessidades do trabalhador, uma vez que os aumentos, por exemplo, da cesta básica e, no caso específico, da passagem do transporte coletivo urbano, deixa a maioria das pessoas com dificuldades financeiras, uma vez que o salário sobe e, junto a este, as despesas com transporte e alimentação.
- É preciso que as autoridades do município revejam este aumento da passagem do lotação. O valor atual de R$ 1,90 já está bom demais para as empresas - acredita.
QUALIDADE
Maria Oliveira Pereira Santos, enfermeira, moradora do bairro Santa Rita, afirma que raramente utiliza o transporte coletivo urbano. Entretanto, critica a qualidade do serviço disponibilizado pelas empresas no município, como atrasos constantes e ônibus em alguns períodos do dia lotados de passageiros. Afirma ainda que, mesmo tendo passado vários meses da implantação do sistema integrado, muitos passageiros se confundem com as novas numerações. Outra reclamação mencionada pela enfermeira diz respeito à redução no número de lotações em alguns bairros.
Por todas estas deficiências, Maria Oliveira Pereira Santos entende que não é justo o aumento do transporte coletivo independentemente de valor.
LOTADO
Já o estudante Marcos Adriano Souza utiliza diariamente o transporte coletivo urbano, através das linhas 1701 e 1702, para se dirigir para escola da rede privada de educação no centro da cidade. Morador do bairro Major Prates, ele afirma que R$ 2 seria o valor justo e que caberia dentro do bolso de quem depende deste serviço. Critica também a demora excessiva do lotação, principalmente em horários de maior movimento, como às 18h, quando ele afirma que alguns lotações com capacidade para pouco mais de 30 pessoas transportam praticamente o dobro.
MARÇO
À reportagem, na semana passada, a diretora executiva da Associação das empresas de transporte coletivo urbano de Montes Claros afirmou que o aumento da passagem deve acontecer no início do mês de março.
Já o presidente da MCTrans, Orlando Walter Andrade Camargo informou que está em análise o pedido de reajuste por parte das empresas que operam no transporte coletivo municipal. A quantia pleiteada, de R$ 2,40, será estudada para conferir se é possível ou não chegar ao valor que elas propõem.
Fonte: Jornal O Norte
terça-feira, 22 de fevereiro de 2011
domingo, 20 de fevereiro de 2011
Parabéns kurt Cobain
Kurt Cobain nasceu em Washington, nos Estados Unidos, em 20 de fevereiro de 1967. Neste domingo (20), se estivesse vivo, o líder do Nirvana completaria 44 anos.
O Nirvana durou apenas oito anos (de 1986 a 1994), mas foi o bastante para deixar um legado imortal para o mundo do rock. Kurt Cobain ficou famoso como o poeta atormentado dos anos 90, devido ao seu comportamento caótico dentro e fora dos palcos.
O trio - que também tinha na formação Dave Grohl (baterista) e Krist Novoselic (baixista) - ficou famoso com o lançamento de seu segundo CD, Nevermind (1991).
Na mesma época da banda de Cobain, também ganharam exposição nomes importantes como o Pearl Jam, Soundgarden, Mudhoney, Screaming Trees e Alice in Chains. O movimento roqueiro foi batizado de grunge.
Porém, no dia 5 de abril de 1994, Kurt Cobain deu fim à sua própria vida e entrou para a triste galeria dos roqueiros mortos precocemente. Ele tinha 27 anos, a mesma idade em que morreram Janis Joplin, Jimi Hendrix, Brian Jones (Rolling Stones) e outros grandes nomes do rock.
Bernardo diz que PNBL vai fortalecer liberdade de expressão
O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, reforçou que o Plano Nacional de Banda Larga vai contribuir para fortalecer a liberdade de expressão e o acesso à informação no Brasil. A declaração foi feita durante encontro com Carlos Lauria, representante do Comitê de Proteção a Jornalistas, que apresentou ao ministro as conclusões do relatório “Ataques à Imprensa em 2010”. O documento destaca as ameaças à liberdade de expressão e os abusos cometidos contra jornalistas na América Latina.
O ministro explicou a Carlos Lauria que o PNBL é uma prioridade do governo federal para massificar a banda larga no Brasil. Segundo Paulo Bernardo, a meta é baratear o preço do acesso à internet e levar o serviço a 80% dos domicílios do país dentro de dois a três anos. “A banda larga vai permitir o acesso de mais pessoas a mais mídias e tecnologias. O número infindável de blogs e sites ajuda a difundir informações e fortalece a liberdade de expressão”, frisou.
Paulo Bernardo acrescentou que, atualmente, a concentração das redes de fibra óptica nas mãos de poucas operadoras de telecomunicações eleva o preço do serviço de banda larga e que isso precisa ser reformulado. “Hoje é possível comprar um desktop razoável no mercado por R$ 800,00. Em vários lugares, como na periferia de Brasília, você paga R$ 80 por mês para ter o serviço de internet. Então, em dez meses, custa o valor do computador. É muito pesado”, exemplificou o ministro.
Outro dado revelado por Bernardo foi que a rede atual de fibras ópticas já é capaz de atender 70% do Brasil. Isso significa que já existe uma infraestrutura necessária para atingir a meta do PNBL, disse. Os investimentos, reforçou ele, são necessários para ampliar um pouco mais a rede e buscar a expansão e melhoria do serviço.
Imprensa
Na apresentação das conclusões do relatório sobre as ameaças à liberdade de imprensa, Carlos Lauria destacou o papel relevante do Brasil no continente e no cenário internacional. Ele revelou que o aspecto negativo no Brasil é a censura judicial excessiva, que proíbe os veículos de comunicação de divulgar denúncias de corrupção. Por outro lado, o fator positivo é o avanço das condenações por assassinato de jornalistas no país.
O ministro argumentou que as decisões judiciais que coíbem a divulgação de matérias fogem do controle do governo federal. Mas Paulo Bernardo fez questão de reiterar que a posição do governo Dilma Rousseff de defender com toda a firmeza a liberdade de expressão e a imprensa livre.
Paulo Bernardo, no entanto, voltou a defender a regulação para o setor de radiodifusão, após uma ampla discussão com os setores envolvidos e com a sociedade. Segundo ele, a regulação para rádio e televisão está prevista na Constituição Federal e deverá incluir temas que precisam de regulamentação, como porcentual de conteúdo regional e local nas emissoras e racismo.
O representante do Comitê de Proteção a Jornalistas reforçou ao ministro que espera o cumprimento do compromisso da presidenta Dilma Rousseff com a liberdade de expressão. Paulo Bernardo colocou o MiniCom à disposição para cooperar com o trabalho da instituição. Carlos Lauria já apresentou as conclusões do relatório “Ataques à Imprensa em 2010” a representantes de meios de comunicação em São Paulo. Em Brasília, ele também visitará a Secretaria Especial de Direitos Humanos da Presidência da República e o Palácio do Planalto.
Reforma administrativa corta cargos do PT na Prefeitura de BH
Não falta mais nada para o prefeito Marcio Lacerda (PSB) concluir a reforma administrativa nos quadros da administração municipal. Os 10 decretos detalhando as novas estruturas das secretarias, secretarias-adjuntas e gerências nos diversos setores da PBH foram publicados sábado no Diário Oficial do Município (DOM), que também trouxe medidas consideradas nada agradáveis aos petistas. Foram exonerados todos os chefes de gabinete e secretários-adjuntos, sendo a maior parte deles filiados ou ligados ao PT. Alguns outros foram remanejados.
Entre as regulamentações da reforma, aprovada em lei sancionada em janeiro deste ano, está o detalhamento das funções e competências das secretarias de Obras e Infraestrutura e a de Serviços Urbanos. Elas foram criadas com a divisão da antiga secretaria de Políticas Urbanas. Os textos publicados trazem as atribuições dos cargos de terceiro escalão, nas gerências divididas por áreas. Um dos setores, por exemplo, é o de logística de transportes.
Constam também dos decretos alterações mais simples, como a mudança de nome da Secretaria-adjunta de Abastecimento, que passa a ser de Segurança Alimentar e Nutricional, mantendo as mesmas competências. São modificadas gerências na Secretaria de Segurança Urbana e Patrimonial. As secretarias de Desenvolvimento e de Planejamento, Orçamento e Informação também foram estruturadas.
O prefeito publicou 144 exonerações e 99 nomeações. Nas baixas, a maioria dos quadros é do PT. Alguns nomes foram reposicionados em outros setores, o que não diminuiu o estrago, na visão do partido. O ex-todo-poderoso no governo municipal Murilo Valadares foi confirmado à frente da pasta de Obras e Infraestrutura. Um fato curioso é que a secretária-adjunta de Políticas Urbanas da PBH, Maria Caldas, que segundo aliados estaria indo para o Ministério do Planejamento, pasta comandada pela ministra Míriam Belchior, aparece nomeada como titular na Secretaria-adjunta de Planejamento Urbano. Era desejo do prefeito mantê-la nos quadros da PBH.
O secretário de Assuntos Institucionais, Marcello Abi-Saber, foi mantido no cargo, passando apenas a estar lotado diretamente na secretaria, e não no gabinete do prefeito. Para a coordenação executiva do programa BH Metas e Resultados foi nomeada Beatriz Góes.
Outros nomes de secretários serão publicados na terça-feira, mas até agora a impressão de petistas sobre as últimas mexidas não é boa. Um alto dirigente diz que, ao contrário das declarações dos presidente regional e nacional do PT, respectivamente, Reginaldo Lopes e José Eduardo Dutra, o partido não vai disputar Lacerda. Os petistas consideram que a proporção de nomes do PT que estão saindo da administração é muito maior do que os que estão entrando. Também em comparação com outras legendas aliadas, na visão deles, as baixas petistas são maiores.
Fonte: Estado de Minas